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Cassado, Cunha ataca governo e promete escrever livro sobre o impeachment

Ele disse ainda que recorrerá, mas mostrou pessimismo quanto à chance de reverter resultado

Brasil|Do R7

Eduardo Cunha teve o mandato cassado
Eduardo Cunha teve o mandato cassado

Em entrevista concedida logo após o término da sessão que cassou seu mandato, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) atacou o governo de Michel Temer e prometeu escrever um livro sobre o impeachment.

“O governo tem responsabilidade [na cassação] ao ter patrocinado, em aliança com o PT, a eleição do atual presidente da Casa [Rodrigo Maia (DEM-RJ)]”, disse Cunha.

Após renunciar à presidência da Câmara, em junho, Cunha tinha a esperança que fosse eleito em seu lugar o deputado Rogério Rosso (PSD-DF), mas Maia o superou durante a votação.

O ex-deputado voltou a afirmar que sua cassação deve-se a seu protagonismo durante o processo de impeachment. “Eu fui vítima de uma vingança política perpetrada durante o processo eleitoral, onde 50 parlamentares são candidatos a prefeitos”, disse.


Além do governo e do PT, o ex-deputado atribuiu a sua cassação à Rede Globo, que, segundo ele, teria feito uma campanha para que os deputados não faltassem à sessão desta segunda-feira. “É muito difícil você aguentar a TV Globo de campanha como fez.”

Conversas gravadas?


Ao mencionar que escreveria o livro, Cunha afirmou: Vou expor todas as conversas que tive a respeito do impeachment.” Ele, porém, negou que tenha gravado as conversas. “Não [gravei], tenho uma boa memoria”, disse. “Eu não gravo conversa e não compactuo com quem grava conversa.”

O ex-deputado disse ainda que não pretende fazer delação premiada. “Quem faz delação é criminoso”, disse. Questionado sobre se teme o juiz Sérgio Moro, respondeu: “Eu só temo a Deus.”


Recurso

O ex-deputado afirmou ainda que entrará com recurso contra o resultado do processo, mas demonstrou pessimismo quanto à chance de conseguir reverter o resultado. “Quando o STF [Supremo Tribunal Federal] é questionado, diz que é uma questão ‘interna corporis’ [que deve ser decidida internamente pelo Congresso], mas quando se busca o ‘interna corporis’, eles [os parlamentares] não cumprem.”

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Assista ao final da sessão da Câmara que selou cassação de Eduardo Cunha:

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