Conass e Conasems vão investigar aplicação de vacinas vencidas
Entidades não descartam possibilidade de erro no sistema, mas garantiram que todos os casos suspeitos serão apurados
Brasil|Do R7
Após a divulgação de que pelo menos 26 mil doses vencidas da vacina contra covid-19 da AstraZeneca podem ter sido aplicadas no Brasil, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) informaram que todos os casos serão investigados. A notícia foi publicada nesta sexta-feira pelo site da Folha de S.Paulo. As entidades informaram, contudo, que não está descartada a possibilidade de erro do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações - que, desde o início da campanha de vacinação, apresenta instabilidade no registro dos dados.
De acordo com o Conass e o Conasems, o número de casos identificados corresponde a 0,0026% de todas as doses aplicadas no país, "sendo necessária ponderação e investigação quanto à aplicação das doses e preenchimento das informações".
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Por fim, as entidades ressaltaram que "todos os profissionais destacados pelos municípios para aplicação das vacinas adotam as boas práticas de vacinação, dentre as quais, a checagem do prazo de validade".
Lotes importados
De acordo com a notícia veiculada pela Folha, que compilou dados até 19 de junho, os imunizantes que tiveram prazo de validade expirado foram utilizados em 1.532 municípios brasileiros. Os imunizantes fora do prazo seriam provenientes de lotes importados da Índia pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) ou adquiridos por meio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).
O Ministério da Saúde informou ao R7, por meio de nota, que nenhuma dose de vacina é entregue aos estados e Distrito Federal vencida. "A pasta acompanha rigorosamente todos os prazos de validade das vacinas covid-19 recebidas e distribuídas pela pasta." Acrescentou, ainda, que "cabe aos gestores locais do SUS o armazenamento correto, acompanhamento da validade dos frascos e aplicação das doses, seguindo à risca as orientações do ministério".