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Confira as acusações contra Michel Temer, preso pela Lava Jato

Entre MP dos Portos, delações da JBS e denúncias de corrupção passiva, confira alguns casos de denúncias feitas ao ex-presidente do Brasil

Brasil|Guilherme Padin, do R7

Temer foi preso na manhã desta quinta-feira (21)
Temer foi preso na manhã desta quinta-feira (21)

O ex-presidente Michel Temer foi preso pela Lava Jato na manhã desta quinta-feira (21).

A força-tarefa da operação também prendeu Moreira Franco, ex-ministro de Temer.

Alvo de quatro inquéritos, o ex-presidente tem sido acusado por diferentes casos de corrupção desde 2016. 

Confira acusações e denúncias contra o ex-presidente Michel Temer:


MP dos Portos

Em setembro de 2017, Temer foi acusado de receber R$ 5,9 milhões em propina na MP dos Portos, conhecida como Inquérito dos Portos, em investigação feita pela Polícia Federal, a partir de depoimentos em delação premiada de executivos do J&F, de Joesley Batista.


O relatório da PF indicava que o dinheiro foi entregue por intermediários. O processo apura se um decreto editado por Temer tinha o objetivo beneficiar empresas que atuam no porto de Santos (SP).

Corrupção passiva


Em junho de 2017, a PGR (Procuradoria-Geral da República) denunciou Michel Temer e o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) por crime de corrupção passiva. A denúncia, feita por Rodrigo Janot, afirma que Temer agiu com violação de seus deveres para com o Estado e a sociedade. Ele teria recebido, via Loures, uma vantagem indevida no valor de R$ 500 mil, além da promessa de R% 38 milhões.

Delação da JBS

Em maio de 2017, Joesley Batista e Wesley Batista, irmãos e donos dos frigoríficos JBS, disseram em delação que gravaram Temer dando aval para comprar o silêncio o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), depois que ele foi preso na operação Lava Jato.

Líder de organização criminosa

Denúncia apresentada por Rodrigo Janot, em setembro de 2017, afirmou que o ex-presidente teria liderado organização criminosa, formada por aliados e ministros, para cometer crimes contra empresas e órgãos públicos. O grupo teria recebido valores de propina de mais de R$ 587 milhões somados de empresas como Petrobras, Caixa, Furnas, ministérios a Câmara dos Deputados.

Bilhete em 2014

Ricardo Saud, ex-diretor da JBS, relatou que, durante as eleições de 2014, Temer entregou um bilhete com um endereço; nele, deveriam ser entregues 1 milhão de reais em dinheiro vivo à empresa de João Baptista Lima, coronel aposentado e amigo do então vice-presidente.

Denúncias em 2019

No mês passado, Luís Roberto Barroso, ministro do STF, enviou para a primeira instância da Justiça Federal, em Brasília, uma denúncia apresentada em dezembro contra Temer e mais cinco investigados pelos crimes de corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro.

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