Confira as propostas dos candidatos à Presidência para o meio-ambiente
O R7 reuniu as principais propostas dos candidatos à Presidência para a área agricultura e meio-ambiente
Brasil|Juliana Moraes, do R7
A eleição presidencial de 2018 está chegando e, por isso, o R7 reuniu as principais propostas dos candidatos à Presidência para a área de agricultura e de meio-ambiente.
Os assuntos, frequentemente debatidos em campanhas eleitorais, constam nos planos de governo da maioria dos candidatos à presidência.
Veja abaixo, em ordem alfabética, as principais propostas dos candidatos.
Alvaro Dias (Podemos)
O candidato promete preservar e aproveitar integralmente os biomas nacionais por meio de proteção dos mananciais, com replantio de matas em 3500 municípios. O candidato também diz que vai investir em créditos para a descarbonização, além de priorizar o saneamento: R$ 20 bilhões/ano em esgotos tratados.
Na agricultura, o presidenciável promete inovar no desenvolvimento da indústria para conseguir chegar a produzir 300 milhões de toneladas de grãos em 2022. Segundo ele, a tecnologia deve ser aliada para preservar o meio-ambiente.
Ainda de acordo com Alvaro Dias, o meio-ambiente não pode ser negligenciado.
Cabo Daciolo (Patriota)
O plano de governo do candidato à presidência não conta com propostas para a agricultura e o meio-ambiente.
Ciro Gomes (PDT)
O presidenciável cita em seu plano de governo que o desenvolvimento econômico deve ocorrer de forma sustentável e preservando o meio-ambiente. Segundo o candidato, parte dos conflitos relacionados ao meio-ambiente se devem a dois conceitos: ecologia e economia. Ainda de acordo com ele, o Brasil conta com um desordenamento na ocupação de terras.
O candidato promete melhorar a qualidade de vida das pessoas por meio de ações que desenvolvam o manejo e a preservação da biodiversidade.
Com propostas efetivas sobre o assunto, Ciro Gomes cita a compatibilização entre as agendas Marrom (Política Nacional de Meio Ambiente), Verde (Novo Código Florestal) e Azul (Política Nacional de Recursos Hídricos), além de prometer implantar Unidades de Conservação com indenizações e reassentamentos.
Ciro promete ainda investir no desenvolvimento do turismo sustentável no país.
Entre as propostas, o presidenciável diz que vai criar desenho de modelos de desenvolvimento para áreas vulneráveis; aumentar a oferta de assistência técnica e de extensão rural especializada para sistemas agrícolas tradicionais, especialmente na Região Norte.
Em seu plano, Ciro diz que vai apoiar a gestão das associações produtivas das comunidades da floresta, além de implementar infraestrutura para desenvolver as cadeias produtivas.
Ciro diz, ainda, que vai dar atenção especiais para impactos ambientais, sociais e econômicos da tragédia de Mariana.
Ele promete também cumprir o Acordo de Paris, implementando metas climáticas de redução de emissão dos gases de estufa até 2020.
O candidato diz também que vai estimular a adoção de energias renováveis, tais como biocombustíveis, a biomassa, a hidráulica, solar e a eólica, além de criar estratégias para reduzir o desmatamento e definir formas de taxar aqueles que poluem o meio-ambiente.
Ainda em seu plano, Ciro promete diminuir o conteúdo tóxico para pessoas e para o meio-ambiente, adotando um sistema de controle na agricultura. Ele também cita a criação de política de proteção aos animais.
O presidenciável promete conceder crédito para a agricultura e incentivar setores do agronegócio, fortalecendo empreendimentos e coletivos de agricultura familiar.
Eymael (DC)
O presidenciável promete proteger o meio-ambiente e “assegurar a todos o direito de usufruir a natureza sem agredi-la. Orientar as ações de governo, com fundamento no conceito de que a terra é a pátria dos homens”. No entanto, o candidato não apresenta propostas efetivas para a agricultura e para o meio-ambiente.
Geraldo Alckmin (PSDB)
O candidato promete priorizar políticas para as regiões Norte e Nordeste que desenvolvam as potencialidades em áreas como energias renováveis, turismo, indústria, agricultura e economia criativa.
Ainda de acordo com ele, a agricultura no país vai ser reforçada por meio da transformação do Plano Safra em um plano plurianual para garantir a segurança jurídica no campo e, assim, consolidar programas de seguro agrícola e rural.
O presidenciável promete dar atenção especial à gestão da Amazônia devido ao bioma compartilhado com nações amigas. Segundo ele, o meio-ambiente e o desenvolvimento sustentável são atrativos do país. O candidato promete conciliar desenvolvimento com preservação do meio-ambiente.
Guilherme Boulos (PSOL)
O candidato promete desenvolver um modelo de desenvolvimento e de política econômica cuidando do meio-ambiente. O presidenciável diz que o ciclo de investimento dos anos 2000 mostram como o “desenvolvimento econômico pode tomar formas predatórias sobre o meio-ambiente.”
Em seu plano de governo, o candidato apresenta propostas para “terra, territórios e meio-ambiente”, tais como demarcação, reforma agrária popular e agroecológica, desmatamento zero e manejo e restauração das florestas com espécies nativas, proteção das águas e sistemas hídricos, defesa dos bens comuns e dos direitos da natureza e transição energética e produtiva para evitar o uso de combustíveis fósseis. Ele promete ainda liderar discussões sobre meio-ambiente e clima.
Boulos ainda diz que vai incentivar a produção local de alimentos baseados na agricultura familiar.
Para o presidenciável, a solução para os problemas sociais e ambientais é a reforma agrária popular e agroecológica. Em seu plano de governo, o candidato propõe produzir alimentação saudável, sem agrotóxicos e priorizando o mercado interno, “pensando numa agricultura que une produção de alimentos a cuidados com a saúde da população.”
O candidato promete, ainda, fortalecer programas de cooperação agrícola entre famílias assentadas e pequenos agricultores e, com isso, criar uma rede de cooperação entre setores da agricultura que são responsáveis pela produção de alimentos para o povo.
Em seu plano, o candidato promete revogar as medidas de “governos anteriores que autorizem ou facilitem a utilização de agrotóxicos na agricultura brasileira”, pois o país é o “maior consumidor mundial de agrotóxicos” desde 2008.
Boulos promete também cumprir o Acordo de Paris e reduzir as emissões de gases de efeito estufa por meio de uma mudança no modelo de energia do país.
Henrique Meirelles (MDB)
O candidato promete criar programas para reduzir o desmatamento na Amazônia, recuperar nascentes e revitalizar o Rio São Francisco. Além disso, ele diz que vai usar as multas ambientais para investir em conservação e revitalização do meio-ambiente.
Em seu plano, Meirelles diz ainda que o governo vai criar ações que defendam as riquezas naturais e do meio-ambiente.
O candidato promete aumentar a competitividade da agricultura com retomada das obras de infraestrutura e de logística.
Jair Bolsonaro (PSL)
O presidenciável promete investir em uma nova estrutura federal agropecuária com as seguintes atribuições: política e economia agrícola, recursos naturais e meio-ambiente rural, defesa agropecuária e segurança alimentar, pesca e piscicultura, desenvolvimento rural sustentável, segurança no campo, solução para a questão agrária e uma só porta para atender as demandas do agro e do setor rural.
Para a agricultura, o candidato promete fazer com que o Estado facilite que o agricultor e suas famílias sejam os gestores do espaço rural.
João Amoêdo (Novo)
Em seu plano, o candidato promete focar na sustentabilidade e investir em um agronegócio moderno para gerar desenvolvimento.
O presidenciável diz que é preciso combinar “preservação ambiental com desenvolvimento econômico para que o Brasil explore seus recursos e gere oportunidades de crescimento, sem comprometer o meio-ambiente para as próximas gerações.”
Amoêdo promete investir em uma economia de baixo carbono e aposta em uma “conciliação definitiva entre conservação ambiental e desenvolvimento agrícola” e diz que vai eliminar o desmatamento ilegal por meio de tecnologia e fiscalização.
João Goulart Filho (PPL)
O candidato promete realizar uma “reforma agrária verdadeira” no Brasil, que “democratize o acesso à terra e que contribua para o desenvolvimento ao melhorar as condições de vida no campo e fortalecer o mercado interno para a indústria.”
O presidenciável diz que vai promover a organização da produção e da comercialização de cooperação agrícola. O candidato diz que vai garantir bons preços para o pequeno agricultor, fazer compra antecipada de toda produção de alimentos dos pequenos produtores, além de gerar crédito rural suficiente e subsidiado.
O candidato promete promover desenvolvimento por meio de uso racional dos recursos naturais, respeitando, assim, o meio-ambiente.
Ele ainda promete rever o Código Florestal para aumentar a proteção do meio-ambiente, além de aumentar a multa e a pena para crimes ambientais.
PT
O partido promete “garantir práticas e inovações verdes como motores de crescimento inclusivo.” No plano de governo, aparece a promessa de investir em tecnologias verdes modernas.
Além disso, aparece a promessa de preservar os recursos naturais e protegê-los da devastação. O partido promete também investir na gestão sustentável dos recursos hídricos.
O plano de governo afirma também que vai reduzir o desmatamento e as emissões de gases do efeito estufa. O partido promete transformar o país em um protagonista da transição ecológica, colocando políticas ambientais em discussão.
O partido também promete apoiar a regulação do grande agronegócio para amenizar os danos socioambientais. Por isso, a reforma agrária é colocada de forma central no plano de governo.
A promoção da agricultura familiar também ganha destaque nas propostas do partido. Ainda de acordo com o PT, o presidente eleito vai instituir um programa de redução de agrotóxicos.
Marina Silva (Rede)
A candidata promete adotar projetos e fiscalização da legislação que protege o meio-ambiente. O plano de governo de Marina diz que vai promover programas voltados para a questão agrária e para a agricultura familiar.
Ainda de acordo com a presidenciável, “a política externa terá o compromisso com o meio-ambiente e o desenvolvimento sustentável, a promoção da paz e da cooperação internacional.”
Entre as propostas, Marina diz que vai colocar as Forças Armadas para defender as fronteiras com a finalidade de proteger o meio-ambiente, “em especial no combate à biopirataria.” Além disso, ela diz que vai lançar um programa de incentivo à preservação e recuperação dos mananciais das cidades brasileiras. Ela também promete dar atenção especial para a recuperação de nascentes e a revitalização de sub-bacias em áreas urbanas e periurbanas.
A candidata promete fazer com que a agricultura não provoque danos socioambientais. Ainda de acordo com o programa, Marina Silva vai gerar políticas e programas voltados para a gestão agrária e para a agricultura familiar no Brasil.
Vera (PSTU)
A candidata promete fazer uma reforma agrária radical. Em seu pleno de governo, Vera diz que vai nacionalizar e estatizar o grande latifúndio e o agronegócio, para harmonizar a produção com o meio-ambiente.