Fontes ligadas à comissão do Congresso que investiga a Operação Lava Jato no Peru, revelaram os nomes dos principais executivos brasileiros investigados pelos congressistas.
A comissão, presidida pelo parlamentar Juan Pari e integrada por outros seis parlamentares, investiga supostas “coimas” (subornos) pagos pelas construtoras brasileiras para obtenção de vantagens na contratação de obras públicas peruanas de grande porte.
Nas citações publicadas no Diário Oficial El Peruano, pode-se ler “’Comissão investigadora’ encarregada de investigar o pagamento de supostos subornos a funcionários peruanos por parte das empresas brasileiras Odebrecht, Camargo Correa, OAS, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e outras... cumpre em citar...”
Os editais ainda informam que os convocados poderão se apresentar acompanhados de advogado.
Além de quase 40 autoridades e funcionários públicos peruanos já convocados a depor na comissão, alguns representantes de construtoras brasileiras começaram a ser chamados para prestar depoimento.
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Entre os peruanos estão o ex-presidente peruano Alejandro Toledo, um ex-auditor-geral da República e três ex-ministros, o de Economia e Finanças, Transportes e Comunicações e o de Energia e Minas, além de procuradores, fiscais da República e ex-diretores de estatais.
Os primeiros brasileiros convocados no dia 9 de fevereiro foram Alexander Alves de Mendonça, ex-gerente de contratos da OAS Peru, e José Henrique Simões Barata, representante da Odebrecht. Nenhum dos dois executivos compareceu. Junto a eles, foi convocado o ex-ministro de Economia e Finanças do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, que prestou depoimento.
Já na sessão do dia 23 de fevereiro, Jorge Barata, da Odebrecht, se apresentou perante a comissão. Os depoimentos permanecem em sigilo.
Segundo o presidente da Comissão de Investigação, também foram convocados a comparecer no dia 3 de março os executivos Marcos de Moura Wanderlei e José Alexandre Alves Pereira Neto.
Wanderley foi representante da construtora Camargo Correa desde 2002 além da Galvão Engenharia e outras construtoras e mantinha uma relação afetiva com Rocío Calderón Vinatea, funcionária do Organismo Supervisor das Contratações do Estado e ex-assessora da OAS. Wanderlei deverá prestar declarações sobre diversos contratos firmados pelas empresas que representava.
José Alexandre foi gerente de Construções e Comércio da Camargo Correa e foi convocado a dar explicações sobre o Projeto de Irrigação Alto Piura e sobre o processo licitatório da Adutora da Planta de Tratamento de Água Potável de Huachipa e seu ramal Norte, além de outros assuntos a serem abordados.
Além deles, também foi convocado o ex-ministro de Transportes e Comunicações Enrique Cornejo Ramírez para falar sobre a rodovia Interoceânica (IIRSAs), e outros temas de interesse da comissão.
Mas a lista não acaba por aqui. Veja a relação dos executivos que deverão ser chamados a prestar declarações conforme revelado pelos investigadores à nossa reportagem:
Adarico Negromonte
Alberto Youssef
Alceu Ferreira Filho
Alexandre Alves de Mendonça
Alexandre Portela Barbosa
Alexandrino de Sales Ramos de Alencar
Alvaro Pereira Novis
André Giavina Bianchi
Antonio Claret de Matos Guedes
Antonio Oliveira Claramunt
Aristóteles Santos Moreira Filho
Bernardo Schiller Freiburghaus
Alexandre de Souza Rocha
Emilio Odebrecht
Erlon Arfelli
Belisario Wermus
Felipe Belisario Wermusdit
Fernando Antonio Falcão Soares
Fernando Migliaccio da Silva
Fernando Monteiro Neto
Gerson de Mello Almada
Jayme Alves de Oliveira Filho
Jean Pierre Laboureix
Jorge Barthelmess
José Aldemário Pinheiro Filho
José Antonio Sobrinho
José Dirceu de Oliveira e Silva
José Ricardo Nogueira Breghirolli
Julio César Andrade Moura
Leonardo Meirelles
Luis Favre
Luis Fernando de Castro Santos
Luiz Antonio Mameri
Marcelo Bahia Odebrecht
Marcos de Moura Wanderley
Paulo Roberto Costa
Pietro Giavina Bianchi
Rafael Ângulo
Ramesh Agrawal Fernández
Raymundo Trinidade Serra
Ricardo Ribeiro Pessoa
Roberto Trombeta
Rocío Calderón de Vinatea
Rodolfo Beltrán Bravo
Walfredo de Asis Ribeiro
Zaida Sisson de Castro