O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o presidente do BNDES (Banco Nacional para o Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, afirmaram nesta terça-feira (9) que não faltarão recursos para os projetos de infraestrutura. "Queria reiterar que todos os contratos de 2014 estão sendo e serão honrados. Não faltarão recursos para todos os projetos leiloados no passado, nem para os próximos projetos de infraestrutura que serão anunciados", ressaltou o presidente do banco.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no entanto, titubeou para responder a questão e falou: "Não adianta querer apostar que não vai dar certo". Ele também perguntou a Coutinho: "Vai faltar dinheiro?".
O presidente do BNDES sustentou sua resposta na reestruturação do BNDES, feita no fim do ano passado, e afirmou que os programas de energia, que ainda não foram anunciados, também têm recursos garantidos.
— No fim do ano passado, o BNDES fez uma mudança na sua política e preservou recursos para projetos de infraestrutura e energia, porque esses projetos demandam longo prazo de maturação.
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O presidente do BNDES também disse que a instituição continuará sendo âncora para os projetos de longo prazo e que as taxas de retorno serão ainda mais altas nos novos projetos anunciados.
Já Levy reiterou a importância do investimento privado e afirmou que o mercado está pronto para reagir ao programa de concessões. Ainda segundo ele, o governo vai trabalhar para mitigar os riscos gerenciáveis e os não gerenciáveis. "O mercado está bastante pronto para reagir ao plano de concessões", reafirmou. Levy ressaltou que os investimentos diretos correspondem a 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.
— Com investimentos indiretos, esse número pode dobrar.
Sobre os efeitos do pacote anunciado, o ministro da Fazenda afirmou que eles deverão aparecer no próximo ano.
— Pode haver efeitos do pacote em 2015, mas o mais provável é a partir de 2016.