CPI convoca líder do governo e marca retorno de Luís Miranda
Ricardo Barros teria sido citado pelo presidente Jair Bolsonaro como possível responsável por contrato com a vacina Covaxin
Brasil|Do R7
A CPI da Covid convocou nesta quarta-feira (30) o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR). Ele será ouvido na quinta-feira (8).
O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), também marcou para terça-feira (6) o retorno do deputado federal Luís Miranda (DEM-DF). "Ele tem dito coisas na imprensa que não falou para nós", justificou o senador.
Outro item que entrou na pauta foi a reunião secreta com o ex-governador do Rio Wilson Witzel, marcada para sexta-feira (9).
Ricardo Barros teria sido citado pelo presidente Jair Bolsonaro na conversa em que Luís Miranda foi lhe contar dos problemas que poderiam ocorrer se o governo fechasse o contrato com a vacina indiana Covaxin.
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As suspeitas de irregularidades no acordo foram reveladas por Luís Miranda (DEM-DF), irmão do servidor do Ministério da Saúde responsável pelos contratos de importação, Ricardo Miranda.
O presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), também cobrou explicações, mas espera manifestações não do presidente, mas do líder na Câmara.
Aziz detalhou quais serão os próximos depoimentos da comissão.
Amanhã, quinta-feira (1º), será ouvido o representante da empresa Precisa, que intermediou o contrato entre governo federal e a Bharat Biontech para aquisição da Covaxin.
Na sexta-feira (2), a CPI ouvirá o representante da empresa Davati Medical Supply, que afirmou ao jornal Folha de S.Paulo, na terça-feira (29), ter sido avisado que o governo federal exigia propina para comprar vacinas.
Na terça-feira (6), volta a ser ouvido o deputado federal Luís Miranda.
Na quarta-feira (7), presta depoimento o servidor exonerado pelo ministério da Saúde, Roberto Dias, que teria feito a proposta de propina a Davati Medical Supply, segundo matéria da Folha.
Na quinta-feira (8), será a vez de Ricardo Barros, líder do governo na Câmara.
E, por fim, na sexta-feira (9), deverá ser marcada a diligência com o ex-governador do Rio Wilson Witzel, que pediu em depoimento à CPI uma reunião secreta para detalhar informações que só passaria sem a presença das câmeras.