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CPI: coronel diz que não viu pedido de propina em compra de vacinas

Presidente do Instituto Força Brasil, Helcio Bruno  intermediou negociação do Ministério da Saúde com a empresa Davati

Brasil|Do R7


Helcio Bruno diz que vacinas seriam para empresas
Helcio Bruno diz que vacinas seriam para empresas Jefferson Rudy/Jefferson Rudy/Agência Senado

O coronel da reserva Helcio Bruno de Almeida, presidente do Instituto Força Brasil, afirmou à CPI da Covid, nesta terça-feira (10), que não viu qualquer irregularidade na reunião que serviu para negociar a compra de vacinas da Davati Medical Supply com o Ministério da Saúde, em 12 de março de 2021.

Segundo ele, o Força Brasil aceitou compartilhar a data que tinha na agenda do Ministério da Saúde com a Davati após fazer uma rápida pesquisa e não ver qualquer problema na empresa.

Ele contou ainda que seu interesse inicial no assunto se deu porque via nas vacinas oferecidas pela Davati a chance de abastecer o mercado privado de imunizantes, possibilidade discutida no início deste ano no Brasil. 

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A informação de que a Davati serviria inicialmente para abastecer as empresas interessadas em comprar imunizantes também foi dada pelo ex-assessor da pasta da Saúde Marcelo Blanco.

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"Jamais participei de qualquer reunião ou encontro no qual teria sido oferecida ou solicitada vantagem indevida por quem quer que seja", disse o militar. Ele, no entanto, afirmou que não estava no encontro em que o representante da Davati Luiz Paulo Dominguetti teria ouvido o pedido de propina do ex-diretor do ministério Roberto Dias.

"Jamais estive presente em qualquer jantar com o Sr. Luiz Paulo Dominguetti, muito menos naquele que teria ocorrido em 25 de fevereiro, até porque, nesta data, eu sequer o conhecia", observou em seu discurso inicial Helcio Bruno de Almeida.

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O coronel da reserva declarou também que sabia que se o negócio não fosse positivo para o governo, seria barrado pelo Ministério da Saúde. 

Helcio Bruno estaria envolvido na negociação de vacinas com o Ministério da Saúde e teria sido o responsável por aproximar integrantes da pasta com representantes da empresa Davati Medical Supply.

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O militar obteve nesta segunda-feira (9) um habeas corpus do STF (Supremo Tribunal Federal) que permite que ele fique em silêncio para não responder às perguntas que possam incriminá-lo.

O requerimento de convocação é do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da comissão parlamentar de inquérito. Ele lembra que, em depoimento ao colegiado, representantes da Davati no Brasil disseram que o presidente do Instituto Força Brasil intermediou um encontro entre eles e o então secretário-executivo do Ministério da Saúde, coronel Elcio Franco. Na ocasião, discutiu-se a compra de 400 milhões de doses do imunizante da AstraZeneca.

Randolfe, pouco antes da abertura da sessão desta terça-feira afirmou que Helcio Bruno é importante para explicar sua influência no Ministério da Saúde, mas também para falar das fake news, que seu instituto teria patrocinado, relacionadas à pandemia de covid-19.

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