O avanço da tecnologia faz com que as pessoas estejam, muitas vezes, mais conectadas a vida virtual que a própria vida real.
Com isso, as redes sociais são capazes de potencializar e tornar mais evidente as formas de relação e atitudes, entre as quais o cancelamento.
Bruno Pedro Bom, fundador e presidente da BBDE Comunicação e gerente de marketing do Instituto Brasileiro de Direito Processual (IBDP), destaca que a cultura do cancelamento existe desde os tempos da Bíblia e explica, “- é um comportamento humano, uma necessidade de se afirmar em um contexto social, um pertencimento social, mesmo que para isso seja necessário marginalizar ou denegrir a imagem do outro para participar desse grupo, e é um comportamento que apenas teve uma semântica readaptada com esse contexto digital que estamos inseridos”.
Uma pessoa que passa pela situação de cancelamento pode sofrer danos à sua saúde mental que levem a depressão. O linchamento moral por não concordar com uma opinião ou grupo pode ser nocivo para anônimos, celebridades e empresas.
Os profissionais defendem a necessidade da formação e reeducação social com o uso das tecnologias e principalmente com o impacto que elas podem causar em vidas humanas e empresas.
A psicóloga e professora da USP, Leila Salomão Tardivo, acredita ser possível melhorar o cenário atual, “- a gente pensa em formação, ou seja, se a gente conseguir formar indivíduos onde os valores humanos possam ser discutidos, alimentados, acho que a gente consegue melhorar essa situação.
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