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Dallagnol diz que Aras tem 'postura equivocada' sobre a Lava Jato

Procurador anunciou nesta semana a saída da coordenação da força-tarefa da operação em Curitiba após seis anos

Brasil|Do R7

"Forças-tarefa devem ser mantidas, expandidas e replicadas", diz Dallagnol
"Forças-tarefa devem ser mantidas, expandidas e replicadas", diz Dallagnol

Dias após se afastar da coordenação da Operação Lava Jato em Curitiba, o procurador Deltan Dallagnol afirmou que o procurador-geral da República, Augusto Aras, tem uma postura "equivocada" em relação às forças-tarefa da operação.

“A postura dele [Aras] em relação às forças-tarefa está equivocada. Elas são modelos de atuação no Brasil e no mundo. Alcançaram resultados contra a corrupção antes inimagináveis. É algo a ser mantido, expandido e replicado”, defende Dallagnol.

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A prorrogação dos grupos de trabalho ainda é dada como incerta. À revelia dos procuradores, que temem perder independência para tocar as apurações, o Conselho Superior do Ministério Público discute a remodelação da operação por meio da centralização das investigações sob o guarda-chuva de um comando único em Brasília.


Na visão do procurador, a discussão é ‘crucial’ para o futuro da operação. “Essa é uma das decisões que devem se pautar pelo interesse público e não eventuais questões pessoais”, argumenta ele.

Leia alguns trechos da entrevista:


Onde está a maior ameaça à Lava Jato? No Congresso, no Supremo ou na PGR?

Deltan Dallagnol: Decisões dessas três esferas podem ter impactos tremendos na operação e, mais importante, no futuro da luta contra a corrupção. No momento, a questão central é a prorrogação da força-tarefa, que precisa ser decidida até dia 9.


Augusto Aras quer acabar com a Lava Jato? Por quê?

Deltan Dallagnol: Tenho o maior respeito pelo procurador-geral, mas a postura dele em relação às forças-tarefa está equivocada. Elas são modelos de atuação no Brasil e no mundo. É algo a ser mantido, expandido e replicado.

O sr. se arrepende de algo que fez na Operação Lava Jato?

Deltan Dallagnol: Hoje, por exemplo, chamaria vários outros órgãos para participar e aperfeiçoar o acordo feito com a Petrobrás. Embora tenha permitido que mais de R$ 2 bilhões ficassem no Brasil, gerou desgastes que poderiam ter sido evitados.

O PowerPoint contra o ex-presidente Lula foi um erro?

Deltan Dallagnol: Esse foi outro episódio que, embora tenha se dado dentro da lei, gerou polêmicas e desgastes. Hoje faria diferente.

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