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Delegado da PF admite que dona do navio grego ainda será notificada

Franco Perazzoni, responsável por apurar origem das manchas de óleo no Nordeste, admitiu que não há provas materiais contra a Delta Tankers

Brasil|Do R7

Manchas de óleo atingem mais de 300 praias
Manchas de óleo atingem mais de 300 praias

Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (4), em Brasília, o delegado da Polícia Federal Franco Perazzoni afirmou que a Delta Tankers, dona do navio grego acusado de vazar o óleo que atingiu mais de 300 praias do Nordeste brasileiro, ainda não recebeu a notificação para prestar esclarecimentos. "Ela será notificada por nossa parceria com a Interpol", disse.

Segundo o delegado, a empresa não será indiciada, apenas notificada para dar sua versão do suposto derramamento de óleo e enviar documentos necessários à investigação. "Só haveria indiciamento com provas materiais do vazamento, mas ainda não existem", explicou.

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Perazzoni fez questão de destacar que o navio grego Bouboulina deve ser tratado como suspeito, não culpado pelo acidente ambiental. "Pode ser que lá na frente, se surgir uma informação diferente, tenhamos que refazer a investigação pensando em uma outra data do vazamento", admitiu.

De acordo com dados coletados em satélites, o Bouboulina teria deixado o óleo no mar entre os dias 28 e 29 de julho. A empresa, no entanto, nega o vazamento. O navio-tanque transportou óleo cru de um terminal de carregamento de petróleo da Venezuela para a África do Sul.


O delegado contou que a investigação é muito difícil, por ter de contar com a colaboração de diversas outras nações, "cada uma com sua legislação". "Temos força com a Interpol, mas ela não tem direito de entrar na jurisdição de outros países", comentou."

Além do delegado da PF, a entrevista teve a participação de representantes do Ibama, do ICMBio e da Marinha. O ministro da Defesa, Fernando Azevedo, participou apenas do início do evento.


O ministro declarou que o governo não faz ideia da quantidade de óleo que pode chegar ao litoral brasileiro. "É uma situação inédita. Esse desastre nunca aconteceu no Brasil, até no mundo. Esse óleo não é perceptível pelo satélite", disse Azevedo.

"Não sabemos a quantidade derramada do que está por vir", acrescentou.

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