Doria critica setor produtivo por não defender reforma da Previdência
Para governador de São Paulo, o "silêncio" gera um "vácuo" que é utilizado por opositores que querem evitar a aprovação do projeto
Brasil|Do R7
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB) , criticou "o silêncio" do setor produtivo na defesa da reforma da Previdência. De acordo com ele, "a falta de manifestação do setor produtivo estabelece um vácuo" que é utilizado por opositores, "para aqueles que no grito" querem evitar a aprovação do projeto.
Doria comentou sobre a tumultuada participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, em audiência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, na semana passada, e considerou o debate ocorrido como "não democrático". "No grito e na intimidação, não é democrático", afirmou.
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Ele disse que "o PSDB de São Paulo estará apoiando" a reforma da Previdência sem pedir nada em troca. "O governo que foi eleito tem que dar certo e temos que ajudar em todas iniciativas positivas, como a da Reforma da Previdência", comentou. "Vamos pedir o que é necessário, mas não estabelecer como moeda de troca para apoiar as boas iniciativas, como a reforma da Previdência", acrescentou.
Renovação de contratos de concessão
O governador afirmou ainda que todos os contratos de concessões de rodovias que vencem até 2022 serão renovados. "É decisão de governo", disse. Ele salientou que há previsão legal para realizar a renovação e que esse processo "facilita e agiliza" e tem em vista os resultados positivos apresentados pelas atuais concessionárias.
"O governo não tem interesse em auferir recursos, mas em melhorar serviços de forma mais rápida e reduzir custos de logística", disse, afirmando que o governo paulista "tem outras formas de auferir recursos" para o Estado.
Ele afirmou que o governo estadual ainda vai negociar com cada concessionária os novos contratos, de maneira que haja vantagem para os dois lados e que sejam implementadas inovações tecnológicas que garantam "o estado da arte" para essas concessões.
Doria também reiterou que o Estado pretende avançar em outros programas de privatização e citou a concessão de 22 aeroportos regionais e a Hidrovia Tietê-Paraná.
O governador citou ainda que o governo está estudando o modelo de repasse da hidrovia para a iniciativa privada e tem discutido com outros Estados que possuem trechos da hidrovia sobre a questão.
fonte: Estadão Conteudo