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Em 2016, Sergio Moro disse que jamais entraria para a política

Juiz federal viajou de Curitiba para o Rio na manhã de hoje. Ministério da Justiça deve se unir à pasta da segurança Pública, criada na gestão Temer

Brasil|Do R7

Moro deixa a casa de Bolsonaro após reunião com o presidente eleito
Moro deixa a casa de Bolsonaro após reunião com o presidente eleito

Em sua primeira entrevista como juiz da Lava Jato, ainda em 2016 Sérgio Moro disse ao jornal "O Estado de S. Paulo" que jamais entraria para a política. Na ocasião, o juiz federal, acusado principalmente pelo PT de perseguir o partido, declarou também que a Justiça era "questão de prova" e achava "errado tentar medir a Justiça por essa régua ideológica".

Moro aceitou nesta quinta-feira (1º) o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para ser o ministro da Justiça e Segurança Pública a partir de 2019.

O magistrado, que deixará a carreira de 22 anos na Justiça federal, afirmou que seu foco será o combate à corrupção e ao crime organizado.

Veja a íntegra da entrevista dada ao Blog do Fausto.


"Não, jamais. Jamais. Sou um homem de Justiça e, sem qualquer demérito, não sou um homem da política", disse Moro. "Acho que a política é uma atividade importante, não tem nenhum demérito, muito pelo contrário, existe muito mérito em quem atua na política, mas eu sou um juiz, eu estou em outra realidade, outro tipo de trabalho, outro perfil. Então, não existe jamais esse risco."

Sobre suas motivações, Moro disse, na época: "No fundo, o juiz está cumprindo o seu dever. Minhas reflexões têm por base os casos já julgados, considerando os casos já julgados. Este caso que em seu início parecia um caso criminal, não vou dizer trivial, mas se transformou em um caso que diz respeito à qualidade da nossa democracia. Porque esse nível de corrupção sistêmica compromete a própria qualidade da democracia."

Questionado sobre se prenderia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que acabaria por acontecer em abril deste ano, Moro disse: "Esse tipo de pergunta não é apropriada, porque a gente nunca fala de casos pendentes."

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