Empresa de bicicleta repudia fala e diz não ter relação com Monark
A Bicicletas Monark S/A fez questão de esclarecer que youtuber que defendeu partido nazista não tem vínculo com a empresa
Brasil|Alan Rios, do R7, em Brasília
Após o youtuber apelidado de Monark defender a criação de um partido nazista, a empresa de bicicletas de mesmo nome fez questão de repudiar as falas e esclarecer que não tem nenhuma ligação com o apresentador. Segundo comunicado oficial da Bicicletas Monark S/A, Bruno Aiub utilizou o nome da empresa sem autorização.
“Informamos que não temos nenhum tipo de vínculo com o youtuber apelidado de Monark sem nenhuma autorização da companhia”, diz a nota. O apresentador está sendo investigado por possível crime após comentários desta semana, quando disse que a legislação deveria reconhecer a existência de um partido nazista no Brasil.
“A esquerda radical tem muito mais espaço que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço, na minha opinião. [...] Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista reconhecido pela lei”, declarou, durante entrevista com os deputados federais Kim Kataguiri (Podemos) e Tabata Amaral (PSB).
A empresa que originou o nome utilizado por Bruno Aiub no podcast Flow repudiou essas e outras declarações do youtuber. “Repudiamos veementemente qualquer manifestação de racismo ou conduta que possa prejudicar qualquer pessoa ou grupo social.” O procurador-geral da República, Augusto Aras, determinou uma abertura de investigação para apurar se houve crime de apologia do nazismo no episódio.
Essa não é a primeira vez que Bruno Aiub é acusado de práticas ilegais enquanto tenta argumentar em defesa da liberdade. Ele já questionou se “ter uma opinião racista é crime”, após dizer que “é a ação que faz o crime e não a opinião”, durante debate no Twitter, e já fez relação entre uma opinião homofóbica e um gosto por refrigerante, durante o podcast.