CPI da Covid

Brasil Ernesto Araújo aciona STF contra quebra de sigilo aprovada por CPI

Ernesto Araújo aciona STF contra quebra de sigilo aprovada por CPI

O ministro Alexandre de Moraes pediu informações aos membros da comissão antes de decidir sobre o pedido. Prazo é de 48 horas

Agência Estado
O ex-ministro Ernesto Araújo alega que as justificativas para as quebras de sigilo são 'muito frágeis'

O ex-ministro Ernesto Araújo alega que as justificativas para as quebras de sigilo são 'muito frágeis'

Jefferson Rudy/Agência Senado - 18.05.2021

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, decidiu pedir informações à CPI da Covid antes de decidir sobre um pedido do ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo para suspender as quebras dos sigilos telefônico e telemático aprovadas pelo colegiado contra o ex-chefe do Itamaraty. Despacho dado nesta sexta (11) dá 48 horas para que os senadores apresentem as informações.

Além de Araújo, outros aliados do presidente Jair Bolsonaro e integrantes do chamado "gabinete paralelo" - grupo que assessorou o chefe do Palácio do Planalto incentivando o discurso antivacina e favorável ao tratamento precoce com medicamentos sem eficácia comprovada contra o novo coronavírus - foram alvos da devassa aprovada pela CPI da Covid. A lista inclui o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e o assessor especial da Presidência Filipe Martins.

Ao menos quatro alvos das quebras de sigilo acionaram o STF para tentar suspender a medida. Fora o ex-ministro das Relações Exteriores, enviaram petições à corte a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro, conhecida por defender a cloroquina, o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos Hélio Angotti Neto, médico seguidor do escritor Olavo de Carvalho, tido como "guru do bolsonarismo", e entusiasta do tratamento precoce, e o ex-assessor especial do Ministério da Saúde Zoser Plata Bondim Hardman de Araújo.

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No mandado de segurança apresentado ao STF nesta sexta (11), Araújo alegou que a justificativa para as quebras telefônicas e telemáticas era "muito frágil". "Não há qualquer indício material de que o ex-chanceler tenha procedido de modo incompatível ao desejo social e do governo federal de se obter vacina para todos, assim como combater, em outras frentes, a pandemia de covid-19", registrou.

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