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Brasil Erundina “assume” presidência da Câmara em sessão informal no plenário

Erundina “assume” presidência da Câmara em sessão informal no plenário

Primeiro ato do deputado Waldir Maranhão como presidente da Câmara foi encerrar sessão

  • Brasil | Do R7, com Agência Câmara

Deputados aproveitaram encerramento de sessão para ocupar a Mesa Diretora e realizar os debates

Deputados aproveitaram encerramento de sessão para ocupar a Mesa Diretora e realizar os debates

05.05.2016/ANDRÉ DUSEK/ESTADÃO CONTEÚDO

Ao chegar na Câmara dos Deputados, o vice-presidente da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), foi até o plenário e, ao sentar-se na cadeira da presidência, encerrou a sessão plenária. 

Ele deixou o plenário dizendo apenas que era preciso "aguardar" os desdobramentos da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que afastou Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do mandato de deputado federal e, consequentemente, da presidência da Casa.

A transmissão ao vivo do plenário pela TV Câmara foi cortada, mas os deputados seguem no plenário discursando. Alguns seguram plaquinhas com o dizer "Tchau querido", em alusão a um cartaz usado pela oposição no impeachment da presidente Dilma Rousseff que dizia "Tchau querida". Quem preside os trabalhos é a deputada Luiza Erundina (PSOL-SP). PT, PCdoB e PSOL compõem o grupo de parlamentares que tocam a sessão informal.

Erundina exigiu a ligação do som no plenário.

— Eu sou integrante da Mesa [Diretora], tenho poder de presidir sessão.

O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) criticou o fato de o primeiro ato do presidente em exercício ter sido encerrar a sessão apesar da lista de oradores.

Alencar afirmou que espera que o STF confirme o afastamento de Cunha.

— Há de confirmá-la para livrar a República brasileira dos sombrios. Mas a luta tem de continuar porque o ‘cunhismo’ ainda existe entre nós.

Nova sessão

A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) informou que os deputados que participam da sessão informal fizeram um requerimento para que seja realizada uma sessão extraordinária para que os deputados possam repercutir a decisão do ministro Teori Zavaski.

Esse requerimento — assinado por PT, PCdoB e PSOL — será apresentado a Waldir Maranhão. Eles querem que os microfones sejam ligados e a sessão transmitida pela TV Câmara.

Já o deputado Henrique Fontana (PT-RS) aproveitou o afastamento de Cunha para questionar a legitimidade do impeachment.

— Esse governo interino nasce de um golpe liderado por Eduardo Cunha.

O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) disse que a decisão de afastar Cunha veio tarde.

— Fez tarde. Por que não fez antes? Já tinha os elementos encaminhados pela Procuradoria-Geral da República há muito mais tempo. Isso tem de ser dito.

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