A perspectiva do crescimento populacional desperta preocupações tanto no setor público como no setor privado em relação à estruturação das cidades para oferecer qualidade de vida e evitar problemas sociais e econômicos. Nesse sentido, o conceito de Cidades Inteligentes ganha cada vez mais destaque.
Para esclarecer esse assunto, o Estúdio News recebe nesta quarta-feira (25) o vice-presidente de Smart Infrastructure da Siemens, Sérgio Jacobsen, e o coordenador de design do Centro Universitário Senac, Nelson Urssi.
De acordo com o Cities in Motion Index, do IESE Business School na Espanha, 9 variáveis podem indicar o nível de inteligência de uma cidade: capital humano, coesão social, economia, meio ambiente, governança, planejamento urbano, alcance internacional, tecnologia, mobilidade e transporte.
Segundo Urssi, para garantir esses pontos, a tecnologia tem de ser usada a favor do cidadão. "A ideia de inteligência para uma cidade é do uso de informação. Eu vou ter toda essa inteligência voltada para o cidadão, para a otimização de serviços como saneamento, energia, transporte..."
Em 2019, a cidade de Campinas (SP) foi eleita como a mais inteligente e conectada do Brasil pelo Ranking Connected Smart Cities, tendo se destacado nas áreas de economia, tecnologia e inovação, empreendedorismo, governança e mobilidade.
O fato de Campinas ter superado as capitais foi uma surpresa, porém, Jacobsen afirma que transformar uma pequena ou média cidade em smart city é menos complexo.
"Cidades muito grande são mais difíceis de implementar esse conceito, cidades médias tem mais poder de decisão e de mobilização para se tornar uma cidade independente. Existem mais possibilidades em cidades com uma certa industrialização e com uma alta arrecadação de impostos para fazer a implementação das cidades inteligentes".
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