Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Notícias R7 – Brasil, mundo, saúde, política, empregos e mais

Ex-presidente da Caixa admite pressão de Cunha

Hereda teria encontrado quatro vezes com ex-deputado

Brasil|Do R7

Hereda negou conhecer suspostos ilícitos envolvendo Geddel
Hereda negou conhecer suspostos ilícitos envolvendo Geddel

O ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Hereda disse que foi pressionado pelo ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, em setembro de 2014, a acelerar uma operação da estatal que o peemedebista tinha interesse.

Durante depoimento da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) da JBS, Hereda contou que Cunha chegou a ameaçar convocá-lo para depor na CPI da Petrobras, como forma de pressão para que resolvesse a pendência.

— Encontrei Eduardo Cunha quatro vezes. Duas vezes em reuniões na Caixa, uma vez aqui (no Congresso Nacional) e uma vez na residência da Câmara dos Deputados. Eu fui pressionado no gabinete do então presidente da Câmara (Eduardo Cunha), que me ligou, entre agosto e setembro de 2014. Ele estava agoniado com uma operação da Caixa, que acho até que não saiu. E nós tínhamos uma operação com a Petrobras. Ele me disse que, se não saísse as outras, essa (da Petrobras) não ia sair. E que eu ia ser chamado na CPI da Petrobras.

O ex-presidente também falou sobre as acusações que envolvem o ex-vice-presidente da Caixa Econômica Fábio Cleto, que era aliado de Cunha e assinou acordo de delação premiada. Hereda disse que não pode recusar a indicação de Cleto porque ele tinha currículo para o cargo. "Fabio Cleto era um cidadão com perfil (para ser vice-presidente).


Não tinha como eu, como presidente, recusar, nem tinha essa força toda. Desde o primeiro dia que ele (Fábio Cleto) chegou, eu disse pra ele: 'não mexa na área de Fundo de Garantia'. Desde o primeiro dia, eu fiz o que pude para marcar essa atuação cuidando do que podia haver", explicou.

Geddel


O ex-presidente da Caixa negou ter qualquer conhecimento dos supostos ilícitos envolvendo o ex-ministro Geddel Vieira Lima, do governo Michel Temer, no banco. Em depoimento à CPI Mista da JBS, Hereda disse que não chegou a desconfiar de Geddel pelo "desinteresse dele".

— O Geddel era uma pessoa que trabalhava pouco. Ele chegava na Caixa na segunda-feira e ia embora na quarta-feira. Eu não imaginava que na área do Geddel pudesse ter acontecido algo, inclusive pelo desinteresse claro dele na área.


O ex-presidente afirmou não acreditar em fraudes nas operações internas da Caixa. Para Hereda, se aconteceram ilícitos, eles foram feitos com base em chantagem para obtenção de propina.

— O que pode ter acontecido é alguém ter sentado em cima de uma operação.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.