Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Notícias R7 – Brasil, mundo, saúde, política, empregos e mais

Ex-tesoureiro do PT investigado na Operação Custo Brasil se entrega em SP

Operação investiga desvio de recursos em um programa de crédito consignado do Ministério do Planejamento

Brasil|Da Agência Brasil


Promotor Rodrigo Grandis atendeu a imprensa na tarde de hoje
Promotor Rodrigo Grandis atendeu a imprensa na tarde de hoje

O ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira se entregou nesta sexta-feira (24) no começo da tarde à Justiça e foi encaminhado para prestar depoimento na 6ª Vara Federal Criminal. Um mandado de prisão havia sido expedido contra ele e mais dez acusados de participar de um esquema de desvio de verbas no Ministério do Planejamento investigado pela Operação Custo Brasil. Desses, oito foram presos na quinta-feira (23) pela Polícia Federal (PF).

Um dos que tiveram a prisão decretada era outro ex-tesoureiro PT, João Vaccari Neto, que já estava sob custódia em Curitiba. O advogado Guilherme de Salles Gonçalves está vindo de Portugal para se apresentar às autoridades. Gonçalves e Ferreira foram os únicos não encontrados durante a operação policial.

Os outros oito acusados chegaram a São Paulo ainda ontem e passaram a noite na carceragem da PF. Eles estão prestando depoimento na 6ª Vara Federal Criminal. Até o momento já foram ouvidos, além de Ferreira, Joaquim José Maranhão da Câmara, Daisson Silva Portanova, Dércio Guedes de Souza e Valter Correia da Costa, ex-secretário de municipal de Gestão de São Paulo.

O ex-ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, também está no local para prestar depoimento. Ele é acusado de ser uma das figuras centrais do esquema que desviou cerca de R$ 100 milhões entre 2010 e 2015. De acordo com as investigações, agentes públicos e políticos recebiam pagamentos ilegais a partir do contrato feito com a empresa Consist Softwear para gerir o crédito consignado — empréstimos com desconto em folha — para servidores públicos federais.


Os serviços da empresa eram custeados por uma cobrança de cerca de R$ 1 de cada um dos funcionários públicos que aderiram a essa modalidade de crédito. O inquérito aponta que desse montante, 70% era desviado para empresas de fachada.

A partir dos contratos falsos, os recursos chegavam aos destinatários finais, entre eles o ex-ministro. Segundo o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal, ele teve despesas pessoais e de campanhas eleitorais pagas pelo esquema de corrupção desmantelado pela Operação Custo Brasil. As investigações apontam que um escritório de advocacia ligado ao ex-ministro recebeu cerca de R$ 7 milhões. Desse total, a estimativa é que 80% custearam gastos de Paulo Bernardo.


PT

A Operação Custo Brasil foi desencadeada a partir da delação premiada do ex-vereador de Americana (SP) Alexandre Romano. Segundo as investigações, Romano tinha um grupo de empresas em seu nome e de parentes próximos que eram usadas para ocultar a origem do dinheiro desviado do contrato com a Consist Softwear fazer pagamentos em benefício do PT. Em contrapartida, o ex-vereador ficaria com cerca de 20% dos valores movimentados pelas empresas de fachada.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.