Fachin suspende sigilo das delações da JBS
Informação é do ministro Marco Aurélio Mello
Brasil|Mariana Londres, do R7, em Brasília, com Record TV e Estadão Conteúdo
O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), suspendeu nesta quinta-feira (18) o sigilo das delações dos executivos da JBS, Joesley e Wesley Batista. Com a suspensão do sigilo, em breve o conteúdo da delações, fotos, áudios e vídeos estarão disponíveis para a imprensa.
A informação da queda de sigilo é do ministro Marco Aurélio Mello, que disse ao jornal da Record que já leu as primeiras peças da delação.
Em sinal de deferência aos colegas da Corte, Fachin encaminhou aos demais ministros do STF suas decisões tomadas no âmbito da delação da JBS. A postura foi vista no tribunal como um gesto de "cortesia".
— A publicidade, de regra, é a tônica da administração pública, é o que viabiliza o acompanhamento por vocês da imprensa e o acompanhamento dos cidadãos em geral, disse o ministro Marco Aurélio Mello a jornalistas depois da sessão plenária desta tarde.
Parte do conteúdo da delação foi vazada nesta quinta-feira (17) e caiu como uma bomba sobre o Palácio do Planalto. Houve desdobramentos no Congresso e nos mercados.
Em pronunciamento, Temer negou a compra do silêncio de Eduardo Cunha e disse que fica no governo
O acordo de colaboração premiada dos executivos da JBS foi homologado por Fachin nesta quinta.O ministro abriu um inquérito contra o presidente da República, Michel Temer (PMDB), a pedido da Procuradoria-Geral da República, em um desdobramento dos conteúdos apresentados pelos empresários Joesley e Wesley Batista. A investigação é por suspeita de envolvimento do presidente na possível "compra" do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).