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Flávio Bolsonaro é intimado a depor sobre transações de ex-assessor

Pela segunda vez seguida, Fabrício Queiroz não compareceu ao Ministério Público do RJ para explicar movimentação bancária de R$ 1,2 milhão

Brasil|Do R7

Flávio Bolsonaro deverá depor em janeiro
Flávio Bolsonaro deverá depor em janeiro

O deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente eleito Jair Bolsonaro, foi chamado para prestar esclarecimentos ao Ministério Público do Rio de Janeiro sobre movimentação financeira atípica de seu ex-assessor Fabrício Queiroz, que não compareceu nesta sexta-feira (21) pela segunda vez a depoimento marcado pelo MPRJ, informou o órgão.

O MPRJ sugeriu que a oitiva de Flávio Bolsonaro seja realizada em 10 de janeiro de 2019, quando seu pai já terá tomado posse como presidente da República, mas informou que o parlamentar tem a prerrogativa de escolher a melhor data para comparecer.

"O MPRJ esclarece que dando prosseguimento às investigações será enviado oficio ao presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) sugerindo o comparecimento do deputado estadual Flávio Nantes Bolsonaro, no dia 10/01, para que preste esclarecimentos acerca dos fatos”, disse o Ministério Público em nota.

A decisão de chamar o filho do futuro presidente para prestar esclarecimentos ocorreu após Queiroz ter alegado problemas de saúde pela segunda vez para não comparecer a depoimento para explicar movimentação atípica de mais de R$ 1,2 milhão entre 2016 e 2017 identificada pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).


O depoimento do ex-motorista de Flávio Bolsonaro estava marcado originalmente para quarta-feira, quando ele não compareceu pela primeira vez.

De acordo com o MPRJ, o advogado de Queiroz compareceu à sede do MPRJ nesta sexta-feira para informar que seu cliente “precisou ser internado, na data de hoje, para realização de um procedimento invasivo com anestesia, o que será devidamente comprovado, posteriormente, através dos respectivos laudos médicos”.


O Ministério Público também informou que decidiu chamar parentes de Queiroz para prestar esclarecimentos no âmbito da investigação.

De acordo com o relatório do Coaf, entre a movimentação suspeita de Queiroz de R$ 1,2 milhão estão depósitos à futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro.


O presidente eleito já justificou os depósitos afirmando que eram pagamentos de um empréstimo que havia feito a Queiroz, e disse que se tiver errado por não ter registrado a operação na declaração do Imposto de Renda irá reparar o erro.

Na terça-feira, ao ser questionado por jornalistas, Flávio Bolsonaro disse ter conversado recentemente com Queiroz e ouvido do ex-assessor como justificativa para a movimentação financeira que ele tinha gerido recursos da família no período apontado pelo Coaf.

Assessores do parlamentar não estavam disponíveis de imediato nesta sexta-feira para comentar a decisão do MPRJ.

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