Intervenção barra votação da Previdência, dizem parlamentares

Para o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), votação da PEC passará a ideia de que a intervenção não era necessária

Brasil|Do R7

19/02/2018 - 15h26 (Atualizado em 19/04/2024 - 18h10)

A intervenção federal assinada na última sexta-feira (16)
pelo presidente Michel Temer (MDB) trava a votação de PEC (Proposta de Emenda à
Constituição) e afeta diretamente a reforma da Previdência, que tinha votação marcada para acontecer no próximo dia 28.

Pelo decreto, há a possibilidade de interromper a
intervenção para que a mudança no sistema de aposentadorias seja votada, mas os
parlamentares já veem a proposta como algo "enterrado"

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), disse
nesta segunda-feira (19) que nenhuma PEC tramitará no Senado enquanto durar a
intervenção federal na área de segurança do Estado do Rio de Janeiro. Para ele,
se o decreto for revogado com esse propósito estará se passando a ideia de que
a intervenção não era necessária

A deputada Laura Carneiro (MDB-RJ), relatora do parecer favorável à intervenção, se declarou contra a reforma da Previdência e criticou o argumento de que a intervenção seria uma manobra para dar folego à base aliada do governo para conseguir apoio para a proposta.

— Vai votar a reforma da Previdência? Não. É real a necessidade de uma intervenção? É. A questão hoje não é mais a reforma da Previdência

No sábado (17), o presidente da Câmara dos Deputados,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que vai consultar o STF (Supremo Tribunal Federal)
para verificar se é possível votar a proposta de reforma da Previdência durante
a de intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro.

Na avaliação do democrata, a intervenção dificultou a missão
de agregar a base e conseguir votos para votar as mudanças no sistema de
aposentadorias

Diante da situação, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirma que o governo não trabalha com um "plano B" para a proposta de reforma neste momento

Ainda que a reforma da Previdência seja travada pelo decreto
de intervenção, diversas categorias cruzaram os braços nesta segunda-feira (19)
contra as mudanças propostas pelo governo. Entre os sindicatos que adeririam à
greve aparecem os bancários, metalúrgicos e motoristas

A intervenção federal assinada na última sexta-feira (16) pelo presidente Michel Temer (MDB) trava a votação de PEC (Proposta de Emenda à Constituição) e afeta diretamente a reforma da Previdência, que tinha votação marcada para acontecer no próximo dia 28. Pelo decreto, há a possibilidade de interromper a intervenção para que a mudança no sistema de aposentadorias seja votada, mas os parlamentares já veem a proposta como algo "enterrado"

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