Fux nega ida a Conselho e, sobre Bolsonaro, diz que vai 'aguardar SP'

O presidente do STF lembrou ainda que não há previsão legal de o chefe do Supremo integrar esse conselho

07/09/2021 - 14h18 (Atualizado em 20/04/2024 - 08h01)

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux, disse, por meio de sua assessoria, que não irá participar da reunião do Conselho da República anunciada nesta terça-feira (7) pelo presidente da República, Jair Bolsonaro. Fux lembrou ainda que não há previsão legal de o chefe do STF integrar esse conselho.

Sobre a fala de Bolsonaro na manifestação em Brasília, que foi carregada de ameaça ao Judiciário e ao Congresso, Fux disse que vai "aguardar São Paulo" e falar com os ministros mais tarde.

Ainda nesta terça, Bolsonaro promete fazer "discurso robusto" no ato programado para ocorrer à tarde na Avenida Paulista, em São Paulo.

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Mais cedo, na manifestação pró-governo na Esplanada, Bolsonaro disse que haverá na quarta-feira uma reunião do Conselho da República, com presença dos presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, além de Fux.

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Antes de Fux, as assessorias de Lira e Pacheco também informaram que até agora eles não foram convidados para o encontro.

O Conselho da República é regulado pela Lei 8.041/1990 e é um órgão superior de consulta do presidente da República, reunido por convocação do chefe do Executivo. A esse colegiado cabe pronunciar-se sobre intervenção federal, estado de defesa, estado de sítio ou "questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas".

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O Conselho é presidido pelo presidente da República e dele também participam o vice-presidente, os presidentes da Câmara e do Senado, os líderes da maioria e da minoria de ambas as Casas, o ministro da Justiça e seis cidadãos brasileiros natos com mais de 35 anos (Presidência, Câmara e Senado nomeiam cada um dois cidadãos).

Veja as imagens da manifestação de 7 de setembro

Atos a favor e contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ocorrem desde a manhã desta terça-feira (7) em Belo Horizonte em dois pontos distintos: na praça da Liberdade e na praça Afonso Arinos.

Em ato de apoio ao presidente, manifestantes se concentraram no estádio Mineirão e saíram em carreata até a praça da Liberdade. O trajeto tem pouco mais de 10 km e foi acompanhado por agentes da Guarda Municipal, BHTrans e Polícia Militar.

Manifestantes ocuparam a praça da Liberdade vestidos com as cores da bandeira do Brasil.

No ato, manifestantes incentivavam, com gritos e cartazes (alguns em inglês), intervenção militar, o que é inconstitucional, e até a dissolução do STF (Supremo Tribunal Federal).

Manifestação em Belo Horizonte em favor do governo do presidente Jair Bolsonaro

Manifestantes contrários ao presidente Jair Bolsonaro se reuniram, também de manhã, na praça Afonso Arinos, região central de Belo Horizonte.

Bandeiras do PT, da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e outros movimentos de esquerda marcaram o 27º Grito dos Excluídos.

Os manifestantes saíram em passeata até a praça da Estação, passando pelas avenidas João Pinheiro, Afonso Pena e Amazonas. De acordo com a BHTrans, o ato foi dispersado por volta das 13h.

Atos a favor e contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ocorrem desde a manhã desta terça-feira (7) em Belo Horizonte em dois pontos distintos: na praça da Liberdade e na praça Afonso Arinos.