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Governo cede à pressão de caminhoneiros por fim da greve

Governo atendeu às cinco principais demandas dos manifestantes, reduzindo preço do diesel e de pedágios por todo o Brasil

Brasil|Caio Sandin, do R7

Presidente anunciou resultado da reunião com caminhoneiros na noite deste domingo (27)
Presidente anunciou resultado da reunião com caminhoneiros na noite deste domingo (27)

Em reunião realizada na noite deste domingo (27) entre o presidente Michel Temer e líderes dos caminhoneiros, foram acordadas soluções para as cinco principais demandadas do grupo grevista. 

Como adiantado mais cedo pelo governador de São Paulo, Márcio França, a redução de R$ 0,41 no litro do óleo diesel reivindicada pelo movimento foi aceita e ampliada para R$ 0,46 por litro, direto na bomba. O valor equivale à redução do PIS, Cofins e CID. O governo assumiu sacrifícios no orçamento, sem dar prejuízos à Petrobras.

O segundo ponto dos manifestantes, que não havia sido acordado com as autoridades ainda, era da manutenção da baixa no preço do combustível por 60 dias. Até então o governo aceitava trabalhar com apenas 30 dias. Apenas haverá reajustes nos valores a partir deste prazo.

Ainda como confirmado pelo governador paulista, o valor do pedágio não será mais cobrado para eixos suspensos, utilizados por caminhoneiros quando não há carga, em todo o país, em todos os tipos de rodovias.


O quarto ponto acordado pelo governo foi a garantia de 30% dos fretes da CONAB aos autônomos, a Companhia Nacional de Abastecimento, que transporta milhares de toneladas de produtos todos os anos.

Por último, o presidente anunciou que aprovou a Tabela Mínima de Frete, conforme prevista no projeto de lei 121, que ainda circula pelo congresso.


Para que estes projetos entrem em vigor o mais rapidamente o possível a presidência os publicará por meio de Medida Provisória, que não precisa passar por avaliação prévia do Congresso ou do Senado.

Segundo o ministro da Secretaria do Governo, Carlo Marun, R$ 10 bilhões serão ultilizados dos cofres públicos para atender todos os pedidos dos manifestantes.

Chegando a estes entendimentos, a expectativa do governo federal é que, em contrapartida, os grevistas encerrem todos os pontos de bloqueio, paralisação ou manifestação por todo o País também o mais brevemente possível para que a normalidade possa voltar.

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