A região Norte do país está sofrendo uma estiagem severa por causa do fenômeno El Niño
DivulgaçãoO governo federal, por meio do MMA (Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima), atua com 3.400 brigadistas para enfrentar incêndios florestais no país.
Os profissionais foram contratados pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) para ações de prevenção e combate a incêndios florestais.
Ações estruturadas no âmbito do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm) também são realizadas para proteger a biodiversidade, a saúde de milhares de famílias, a economia de cidades e, também, povos indígenas e comunidades tradicionais.
O fenômeno El Niño e as mudanças climáticas agravam a estiagem, que atinge principalmente a região Norte. Seca e altas temperaturas aumentam a possibilidade de incêndios, que podem se alastrar rapidamente.
A participação da população é muito importante para proteger a Amazônia, que abrange 49% do território brasileiro. De acordo com o ICMBio, o bioma abriga cerca de 40 mil espécies de plantas, 300 espécies de mamíferos e 1.300 espécies de aves.
Não realize queimadas. Em caso de incêndio, avise a brigada mais próxima ou ligue 193. Informações sobre como prevenir e combater incêndios na região estão disponíveis no site Amazônia Sem Incêndios e pelo telefone 0800-061-8080.
Um dos componentes do PPCDAm é o aprimoramento do Sistema de Informações sobre o fogo (Sisfogo) – Painel Amazônia, com integração de dados de diversas plataformas relacionadas ao tema dos incêndios florestais, de forma a qualificar e quantificar a gestão do fogo.
O plano estabelece a meta de desmatamento zero até 2030. Foi estruturado em quatro eixos temáticos: atividades produtivas sustentáveis; monitoramento e controle ambiental; ordenamento fundiário e territorial; e instrumentos normativos e econômicos voltados à redução do desmatamento e à efetivação das ações abrangidas pelos demais eixos.
A campanha
O governo federal realiza a campanha publicitária de utilidade pública Amazônia Sem Incêndios, uma ação do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), com o objetivo de contribuir para a redução dos incêndios florestais.
É realizado um conjunto de ações de comunicação para sensibilizar a população sobre o aumento do risco de incêndios florestais, sobretudo devido ao intenso desmatamento ocorrido nos últimos anos, que aumentou o material vegetal seco (combustível) disponível, e às alterações climáticas potencializadas pelo fenômeno El Niño. As peças trazem conteúdos informativos para orientar sobre procedimentos em caso de incêndios, além de medidas e casos bem-sucedidos de prevenção e o uso correto do fogo na região.
A campanha é veiculada nos estados da Amazônia Legal por TV, rádio, internet e carros de som.
Plantando sustentabilidade
O foco dos brigadistas no momento é controlar as queimadas e salvar vidas. Mas o trabalho desses profissionais vai além. Durante o ano eles atuam em ações educativas de prevenção, orientando sobre como fazer queimadas controladas, recuperar a vegetação e adotar alternativas sustentáveis ao uso do fogo.
O trabalho é importante e está mudando a forma de os agricultores usarem o fogo e criando novas fontes de renda. É o caso de Napoleão. Durante anos, ele usou o fogo para preparar o terreno antes de plantar. Até que, orientado pelos brigadistas, trocou as queimadas por um sistema agroflorestal baseado em três tipos de cadeias produtivas: plantação de açaí, produção de óleo de andiroba e criação de peixes.
Hoje, ele também produz mel, graviola, bacabi, ingá, jatobá, pimenta, feijão-anju, batata-doce e outras leguminosas, além de criar galinhas e porcos. Sua propriedade se tornou referência para outros agricultores da região.
Processo de reflorestamento
O sítio de Ana fica próximo a um igarapé, ameaçado por sucessivas devastações e incêndios florestais. Há oito anos, ela recebeu mais mil mudas de árvores. Isso mudou a vida da família.
Com a orientação dos brigadistas, ela começou um processo de reflorestamento e implementação de sistema agroflorestal baseado em três tipos de cadeias produtivas: produção de óleo de andiroba, plantação de açaí e criação de peixes. Em pouco tempo, Ana ampliou suas fontes de renda. Seu sítio se tornou referência em reflorestamento e proteção da biodiversidade.