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Governo inclui prédio ocupado há cinco anos na lista de imóveis à venda para fazer caixa

São 239 imóveis no País que serão negociados pela CEF

Brasil|Juca Guimarães, do R7

Prédio que aparece no lote do governo está ocupado desde 2011
Prédio que aparece no lote do governo está ocupado desde 2011 Prédio que aparece no lote do governo está ocupado desde 2011

O Ministério do Planejamento divulgou hoje (19) a lista dos 236 imóveis públicos que serão colocados à venda para reforçar o caixa do governo. Em São Paulo, um dos imóveis é o prédio Wilson Paes de Almeida, na rua Antonio de Godoi, de 23 andares em um terreno de 600 metros quadrados, na região central da capital. Atualmente, o prédio está ocupado por integrantes dos movimentos sociais por moradia.

Construído em 1962, o edifício imponente com 11 mil metros quadrados e fachada toda envidraçada, foi a sede da Polícia Federal e um ponto de referência de modernidade na região. Porém, com mudança da sede da PF em 2003, o prédio iniciou um período de abandono e decadência por mais de uma década.

Em 2006, o Ministério da Previdência Social assumiu o prédio e fez uma reforma no térreo para instalar uma agência do INSS. O posto do Paissandu funcionou entre 2007 e 2009, mas foi fechado por problemas estruturais e a inundação do subsolo.

Entre 2010 e 2011, o prédio foi usado como um posto especial para análise de processos judiciais de revisão e concessão de benefícios previdenciários. Depois, foi repassado para a Secretaria de Patrimônio da União.

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Desde 2011, sem nenhuma função oficial, o prédio é alvo das ocupações dos movimentos por moradia da capital. Nos últimos cinco anos, foram três ocupações e duas reintegrações. Há um ano e meio, o edifício está ocupado por famílias que integram o LMD (movimento de Luta por Moradia Digna). 

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Segundo o líder de uma outra ocupação ao lado, o INSS fechou o prédio sem fazer as obras necessárias para resolver o problema de inundação do subsolo.

Os movimentos por moradia querem que os imóveis ocupados sejam reformados e incluídos em programas sociais para habitação popular. O governo quer vender os imóveis com a ajuda da Caixa Econômica Federal para cobrir o ajuste fiscal. 

A Caixa ainda vai avaliar o valor dos imóveis. A expectativa é que as primeiras vendas acontecem em até 45 dias. A Caixa vai ficar com 3,5% do valor negociado. No caso do prédio Wilson Paes Almeida, o comprador terá que entrar na Justiça para pedir mais um reintegração do prédio.

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