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"Houve equívoco e o STF condenou pessoas inocentes", diz advogado de Delúbio Soares

Defesa do ex-tesoureiro do PT defende que o petista é inocente do crime de quadrilha

Brasil|Carolina Martins, do R7, em Brasília

Defesa de Delúbio nega que houve associação de petistas com a intenção de cometer um crime e defende inocência por quadrilha
Defesa de Delúbio nega que houve associação de petistas com a intenção de cometer um crime e defende inocência por quadrilha

A defesa do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares subiu na tribuna do STF (Supremo Tribunal Federal), nesta quinta-feira (20), para afirmar que o petista é inocente e que não houve a prática do crime de formação de quadrilha no esquema do mensalão.

O advogado de Delúbio, Arnaldo Malheiros Filho, defendeu a tese de que não houve associação entre petistas com intenção criminosa. Segundo a defesa, Delúbio se uniu ao ex-ministro José Dirceu e ao ex-deputado José Genoino para fundar o PT em uma prática legal.

Malheiros Filho nega os crimes mas disse que, como o Supremo entendeu que houve ilegalidade, os petistas agiram em coautoria e não formaram uma quadrilha.

— São pessoas que agiam em conjunto, mas defendendo interesses específicos. Delúbio se associou na constituição do Partido dos Trabalhadores. Se depois se associou a Marcos Valério para, como esse Corte entendeu, cooptar recursos, foi apenas uma coautoria.


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O plenário do Supremo deu início à análise dos embargos infringentes, que possibilitam um novo julgamento a Delúbio pelo crime. O recurso foi aceito porque o petista recebeu quatro votos pela absolvição no julgamento desse delito.


Malheiros Filho pede que Delúbio seja absolvido do crime e que, caso a Corte considere que ele é culpado, ocorra uma redução na pena, uma vez que quatro magistrados entendem que ele é inocente.

— Esses quatro votos apontam um equívoco. Em um julgamento desse tamanho, com tantas páginas é possível um equívoco. E ele ocorreu e condenou pessoas inocentes.

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