Incêndio no Museu Nacional não destruiu anexo com coleções raras
Localizado em pavimento subterrâneo, o anexo abriga a coleção de invertebrados, com material de crustáceos, esponjas e uma coleção de corais
Brasil|Da Agência Brasil
O incêndio que destruiu grande parte do acervo do Museu Nacional, no último domingo (2), não atingiu o prédio anexo e o Horto Botânico, preservando importantes coleções, de acordo com pesquisadores. O pavimento estava situado no subsolo do museu, fator que contribuiu para que o fogo não atingisse o local.
Museu Nacional era símbolo da arquitetura no Rio de Janeiro
Localizado ao lado do Palácio do Museu Nacional, em pavimento subterrâneo, o anexo abriga a coleção de invertebrados, que inclui material de crustáceos, esponjas e a coleção de corais do museu.
Agradecimentos
Em nota divulgada esta tarde, a direção do Museu Nacional agradeceu às milhares de mensagens e manifestações de apoio vindas da população do Rio de Janeiro e de todo o mundo. “Todo esse carinho só vem comprovar, mais uma vez, o lugar de destaque ocupado por nossa instituição junto à sociedade”, afirmou.
Gasto do Museu Nacional com segurança foi zero neste ano
A direção mencionou também o apoio do Ministério da Educação que anunciou nesta segunda-feira (3) a liberação de R$ 10 milhões para a adoção de medidas emergenciais para a segurança do palácio, sede do Museu Nacional, e de R$ 5 milhões para a elaboração do projeto executivo de recuperação do equipamento.
“Agradecemos ainda à Universidade Federal do Rio de Janeiro, por meio do reitor Roberto Leher, que, de forma incansável, não tem medido esforços na busca de caminhos, soluções e financiamento para a instituição”.
Balanço das perdas
A direção do Museu Nacional lamentou não poder confirmar ainda o que pode ou não ser salvo. “Sabemos que os danos foram imensos, mas ainda consideramos cedo para qualquer balanço ou diagnóstico. É importante lembrar que o Corpo de Bombeiros ainda atua no prédio e a Polícia Federal faz a perícia. Apesar da gravidade do incêndio, a esperança é enorme de encontrarmos, e recuperarmos, peças importantes para a história do Brasil e do mundo”.
De acordo com a nota, tanto a direção do museu, como seus professores, pesquisadores e funcionários “não têm medido, e não medirão, esforços para manter a instituição viva, atuante e funcionando como um dos mais importantes centros de ciência do mundo”.