Inclinado para Campos, PPS pode decidir apoio de 2014 no fim de semana
Independente da opção, Roberto Freire promete seguir com candidato da oposição em 2º turno
Brasil|Rodolfo Borges, do R7
O PPS se reúne a partir desta sexta-feira (6), em São Paulo, para o XVIII Congresso Nacional do partido, de onde pode sair a posicionamento dos socialistas para a disputa presidencial de 2014.
Presidente o nacional do partido, o deputado federal Roberto Freire (SP) defende a formação de um bloco de esquerda “com o objetivo de derrotar o lulopetismo nas urnas”, mas evita antecipar se o partido vai pender para o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), ou o senador Aécio Neves (PSDB-MG).
— Vamos discutir se já se aprova um indicativo ou se aguardamos para março ou abril do próximo ano. Avalio os dois [Aécio Neves e Campos] como excelentes candidatos da oposição.
Aécio pede apoio ao PPS em 2014 e diz que candidatura de Campos ‘é essencial’
Freire já disse que se empenharia para que o partido apoiasse Campos, mas o deputado tem divulgado por meio de seu site reportagens sobre o assédio dos últimos dias do senador Aécio Neves (PSDB) a parlamentares do PPS, em busca do apoio do partido para 2014. Parte do partido está inclinada a apoiar o tucano e a divisão pode adiar a decisão para o próximo ano.
Ao R7, o presidente do PPS se limitou a dizer que “o importante é que ambos se fortaleçam para a disputa”.
— Só posso dizer que qualquer um que for para o segundo turno contará com o apoio do PPS.
Numa oposição com poucos partidos, o apoio do PPS pode ser determinante para o sucesso de Aécio e Campos, principalmente pelo acréscimo no tempo de propaganda na tevê.
Pretensões
Líder do PPS na Câmara e secretário-geral do partido, o deputado Rubens Bueno (PR) diz que o PPS pretende eleger pelo menos 23 deputados federais. Segundo o socialista, o partido vai disputar, com grandes chances de vitória, os governos do Maranhão e do Distrito Federal.
— A ampliação da bancada do PPS no Congresso Nacional é fundamental não só para as pretensões do partido, mas também para dar sustentação ao governo de oposição que pretendemos eleger no próximo ano.