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Inflação de março fica em 0,09%, a mais baixa desde 1994

Segundo IBGE, preços de passagens aéreas caíram 15% e foram o principal fator para a baixa inflação do mês passado

Brasil|Diego Junqueira, do R7

Passagens aéreas ficaram 15% mais baratas no mês passado
Passagens aéreas ficaram 15% mais baratas no mês passado Passagens aéreas ficaram 15% mais baratas no mês passado

A inflação de março ficou em 0,09%, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Esse é o índice mais baixo para um mês de março desde o início do Plano Real, em 1994.

O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) acumula alta de 0,70% no ano — também o menor índice em 24 anos. Nos últimos 12 meses, o indicador oficial da inflação brasileira está em 2,68%.

Como comparação, em 2017, a inflação de março ficou em 0,25%

Segundo o gerente do IPCA, Fernando Gonçalves, o resultado de março se deve principalmente à redução dos preços das passagens aéreas, que ficaram, na média, 15% mais baratas.

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“Se considerarmos janeiro e fevereiro como meses de férias, a tendência é de os preços caírem em março, com a volta às aulas”, explica Gonçalves, em declarações reproduzidas pela Agência IBGE Notícias.

Além de passagens aéreas, o IBGE aponta a redução das tarifas telefônicas — de fixo para celular, nas chamadas locais e interurbanas — como outro fator para a baixa inflação em março.

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Os combustíveis também apresentaram queda (-0,04%), com destaque para a gasolina (-0,19%), cujos preços variaram de -4,69% (região metropolitana de Recife) a 2,59% (Fortaleza).

Com isso, os dois grupos da economia que mais apresentaram redução em março foi o de "Transportes" (-0,25%) e "Comunicação" (-0,33%).

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Alimentos em alta

O IBGE destaca que as frutas ficaram 5,32% mais caras em março, na média, e foi o que mais contribuiu para puxar a média de preços para cima. O grupo "Alimentação e Bebidas", após cair 0,33% em fevereiro, subiu 0,07% em março.

O IPCA mostra que enquanto os alimentos para consumo em casa ficaram -0,18% mais baratos, os gastos com alimentação na rua encareceram 0,52%. Dentro de casa, os destaue são as quedas nos preços de carnes (-1,18%), tomate (-5,31%) e frango inteiro (-2,85%).

Mas a maior alta do indicador foi o do grupo "Saúde e Cuidados Pessoais", com alta de 0,48%. O destaque é a alta nos preços dos planos de saúde, 1,06% mais caros.

Por regiões metropolitanas

O IPCA revela que a cidade brasileira com inflação mais alta em 2018 é o Rio de Janeiro, com 1,27% no acumulado do ano, seguido de Belo Horizonte (0,92%), Porto Alegre (0,87%) e São Paulo (0,72%).

Por outro lado, as regiões metropolitanas de Recife e Campo Grande registraram deflação ao longo de 2018, de -0,01% e -0,05%, respectivamente.

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