Inquérito da Marinha aponta suspeitos por vazamento de óleo
Derramamento de óleo em 2019 poluiu litoral nordestino, matou animais marinhos e prejudicou milhares de pescadores
Brasil|Do R7
A Marinha do Brasil concluiu o inquérito sobre o derramamento de óleo que atingiu o litoral do Nordeste e parte do Sudeste entre agosto e novembro de 2019. O documento, entregue à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal, aponta três embarcações como principais suspeitas do desastre ambiental.
As embarcações citadas no inquérito são o navio-tanque Boubolina, o navio-tanque Nichioh (em maio de 2020, teve o nome alterado para City of Tokyo), e o navio-tanque Amore Mio (em março de 2020, o nome foi alterado para Godam).
Segundo a investigação, o Boubolina, de bandeira grega, carregou petróleo bruto na Venezuela, contornou a costa nordestina no final de julho de 2019, a 730 quilômetros da costa da Paraíba, e seguiu com destino a Cingapura e Malásia.
As primeiras investigações já tinham apontado que o material era de origem venezuelana e que havia sido derramado a uma distância de 700 quilômetros da costa brasileira, trafegando submerso por 40 dias.
Mortes e poluição
O vazamento de óleo atingiu 130 municípios do litoral brasileiro. O desastre matou animais marinhos, poluiu praias e prejudicou milhares de pescadores.
Em comunicado à imprensa, a Marinha afirma que o episódio, inédito e sem precedentes, trouxe ensinamentos, "como a necessidade de se investir no aprimoramento do monitoramento dos navios que transitam nas águas jurisdicionais brasileiras e nas suas proximidades, destacando o Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul".