Intervenção no Rio é 'preocupante', avalia órgão de direitos humanos
Human Rights Watch afirma que o Estado "precisa de um especialista em polícia, não um especialista em guerra"
Brasil|Alexandre Garcia, do R7

A decisão do governo federal de decretar uma intervenção militar no Estado do Rio de Janeiro foi criticada nesta sexta-feira (16) pela organização Human Rights Watch. "A decisão de colocar um general do exército no comando das polícias civil e militar do Rio de Janeiro é bastante preocupante", afirma o órgão.
De acordo com organização internacional de direitos humanos, o Rio deve "aperfeiçoar a atuação da polícia e, para isso, precisa de um especialista em polícia, não um especialista em guerra".
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Para a organização, as abordagens da segurança pública feitas como um problema militar "vem fracassando há décadas, causando uma enorme perda de vida de moradores e policiais e exacerbando os problemas de violência no Rio".
A Human Rights Watch avalia ainda que os membros das Forças Armadas são treinados para "combater o inimigo", não para o trabalho policia.
A instituição de defesa dos direitos humanos ainda destaca que uma lei datada de outubro de 2017 afasta os membros das Forças Armadas do julgamento em tribunais civis quando cometem execuções. "É uma receita para a impunidade", lamenta o órgão.
O presidente Michel Temer decidiu, no início da madrugada desta sexta-feira (16), decretar intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro. O Exército passará a ter responsabilidade sobre as polícias, os bombeiros e a área de inteligência do...
O presidente Michel Temer decidiu, no início da madrugada desta sexta-feira (16), decretar intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro. O Exército passará a ter responsabilidade sobre as polícias, os bombeiros e a área de inteligência do Estado, inclusive com poder de prisão de seus membros. *Estagiária do R7, sob supervisão de Ingrid Alfaya


















