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João de Deus mostra R$ 34 mi na conta para negar saque de R$ 35 mi

Advogado criminalista apresentou o saldo total da conta do médium para responder Ministério Público

Brasil|Juliana Moraes, do R7

Defesa diz que médium não tinha R$ 35 milhões
Defesa diz que médium não tinha R$ 35 milhões

O advogado criminalista Alberto Toron, defensor do médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, declarou nesta quarta-feira (19) que o médium não sacou R$ 35 milhões, como informou o MP-GO (Ministério Público de Goiás), porque tinha um saldo total de R$ 34.281.815,06 na conta.

"Em diligência realizada na data de hoje na agência 9664 do Banco Itaú em Anápolis/GO, a defesa obteve a informação de que não houve qualquer movimentação ou resgate de R$ 35 milhões da conta bancária de João de Deus, conforme alardeado pelo Ministério Público em seu pedido de prisão. O saldo total de sua carteira de investimentos, na data de hoje, é de R$ 34.281.815,06, conforme documento anexo, encaminhado pela gerente do banco a pedido da defesa e obtido mediante procuração de João de D'us", disse ele ao R7.

No último domingo (16), dia em que o médium se entregou às autoridades, o MP confirmou a informação de que o médium retirou R$ 35 milhões de contas e aplicações financeiras após as primeiras denúncias de abuso sexual.

A movimentação financeira foi o motivo que acelerou a decretação da prisão preventiva do médium.


Nesta quarta-feira (19), a Polícia Civil de Goiás anunciou que encontrou aproximadamente R$ 405 mil em dinheiro vivo e armas irregulares na casa do médium durante as bucas.

Ainda nesta quarta, a defesa entrou com um pedido de habeas corpus no STJ (Superior Tribunal de Justiça) para tentar reverter a prisão preventiva em domiciliar com tornozeleira. O pedido foi protocolado após a Justiça de Goiás negar o habeas corpus impetrado pelos advogados.


Entenda o caso

João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, está sendo acusado por diversas mulheres de abuso sexual durante os atendimentos espirituais na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, interior de Goiás.


Após as primeiras denúncias, o MP-GO (Ministério Público de Goiás) criou uma força-tarefa, que conta com quatro promotores, seis delegados e duas psicólogas para atenderem o caso.

Na noite de quarta (12), a Promotoria de Justiça de Goiás solicitou a prisão preventiva do médium, cinco dias depois de as primeiras denúncias de abusos sexuais começarem a aparecer.

Em sua primeira aparição pública após as denúncias, na manhã de quarta-feira (12), João de Deus ficou cerca de 10 minutos na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, interior de Goiás. O médium se disse inocente e declarou que estava à disposição da Justiça.

Na tarde de domingo (16), João de Deus se entregou às autoridades.

Até a tarde de segunda-feira (17), a força-tarefa do MP-GO tinha recebido um total de 506 mensagens sobre a investigação contra o médium.

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