João Santana continua internado em SP após retirada de tumor no estômago
Estado de saúde do paciente não foi informado pelo hospital Sírio-Libanês
Brasil|Do R7, com agências
O publicitário e jornalista João Santana segue internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após ser operado na segunda-feira (21) para a retirada de um tumor do estômago. O estado de saúde do paciente não foi informado.
Santana foi marqueteiro nas campanhas à presidência de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006, e Dilma Rousseff, em 2010 e 2014. Ele e sua mulher, a também publicitária Mônica Moura, foram presos na 23ª fase da Operação Lava Jato, em fevereiro do ano passado, por determinação do juiz federal Sérgio Moro, mas foram soltos após pagarem fiança de R$ 31,4 milhões e ficarem proibidos de atuar em campanhas eleitorais até uma nova decisão sobre o caso. Em abril, ele teve o acordo de delação premiada homologado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
No último dia 16, Santana e a mulher receberam decisão favorável da Justiça Federal em Curitiba que liberou R$ 10 milhões em recursos do casal que estavam apreendidos. "Os colaboradores estão passando por dificuldades financeiras decorrentes do bloqueio dos valores, bem como, pelo fato de não poderem trabalhar e auferir renda para seus gastos pessoais e de suas famílias, sendo, então, de vital importância a restituição dos valores remanescentes, inclusive, para pagamento dos honorários advocatícios", argumentou a defesa.
Na segunda-feira, contudo, Moro reviu sua decisão e decidiu voltar a bloquear o valor, a pedido do Ministério Público Federal. Sete procuradores da Fazenda afirmaram a Moro que a decisão que liberou os R$ 10 milhões "desconsiderou" uma medida cautelar fiscal da 18.ª Vara Federal da Bahia segundo a qual foi decretada a indisponibilidade dos bens de Monica Moura "e foi solicitada que não fosse autorizada qualquer liberação de valores".
Ao rever sua decisão, Moro afirmou que "por lapso e diante do grande número de processos" acabou autorizando "a liberação do numerário sem antes ter apreciado" um pleito da Procuradoria da Fazenda sobre a indisponibilidade.
"Em vista da referida decisão na medida cautelar fiscal exarada por outro Juízo, fica prejudicada a liberação dos aludidos R$ 10 milhões", determinou Moro.