Jucá é denunciado por lavagem de dinheiro e corrupção
Denúncia narra a corrupção em quatro contratos e sete aditivos celebrados entre a Galvão Engenharia e a Transpetro
Brasil|Giuliana Saringer, do R7, e Vânia Souza, da Agência Record*

O ex-senador Romero Jucá foi denunciado pelo MPF-PR (Ministério Público Federal do Paraná) por corrupção em contratos da Transpetro e por lavagem de R$ 1 milhão em propinas na manhã desta terça-feira (4). Também foi denunciado Sérgio Machado.
A denúncia narra a corrupção em quatro contratos e sete aditivos celebrados entre a Galvão Engenharia e a Transpetro, os quais geraram pagamentos ilícitos para Romero Jucá, em 2010, no valor de, pelo menos, R$ 1 milhão.
Segundo o MPF, a Galvão Engenharia efetuava o pagamento de propinas no percentual de 5% do valor de todos os contratos com a subsidiária da Petrobras a integrantes do MDB que compunham o núcleo de sustentação de Sérgio Machado no cargo de presidente da Transpetro.
O MPF diz também que as investigações comprovaram que a Galvão Engenharia não tinha qualquer interesse em Roraima que justificasse a realização da doação oficial, a não ser o direcionamento de propinas para Romero Jucá.
O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, afirma que denúncia mostra "absoluta falta de cuidado técnico por parte do MP".
Kakay afirma Machado não falava em nome de Jucá e que "já deu provas nos últimos tempos que sua palavra não tem nenhuma credibilidade, sendo que houve até um pedido pela perda dos benefícios de sua delação por entender a autoridade policial que ele não dizia a verdade em seus depoimentos".
"Sem deixar de consignar que, mesmo aceitando o raciocínio do MP, que é não verdadeiro, em respeito à decisão recente do Supremo esta Denúncia teria que ter sido oferecida junto à Justiça Eleitoral pois se trata de imputações referentes a questões eleitorais, doações de campanha. A Defesa se reserva o direito de fazer os questionamentos técnicos no processo reiterando a absoluta confiança no Poder Judiciário e lamentando, mais uma vez, a ânsia abusiva de poder por parte do Ministério Público", afirma em nota.
A defesa de Sérgio Machado entende que a denúncia apresentada pelo MPF corrobora o acordo de colaboração assinado por seu cliente e que, portanto, já era aguardada. Advogado de Machado, Antonio Sérgio Pitombo não fez comentários da defesa de Jucá a respeito do teor da delação do ex-presidente da Transpetro. A reportagem não conseguiu contatar representantes do diretório do MDB em Roraima. O diretório nacional do partido não se pronunciou sobre a denúncia.
A reportagem também aguarda um posicionamento da Transpetro e da Galvão Engenharia.
* Com informações da Agência Brasil.















