Malotes apreendidos pela PF durante a Operação Paralelo
WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO-21/07/2020
O juiz Marco Antonio Martin Vargas, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, determinou a soltura do empresário José Seripieri Filho, fundador e ex-presidente da administradora de planos de saúde Qualicorp. Ele foi preso na última terça (21), na Operação Paralelo 23, que mira o senador José Serra (PSDB-SP) por suposto caixa dois de R$ 5 milhões nas eleições de 2014.
A decisão, proferida nesta sexta (24), atendeu a um pedido do defensor do empresário, o criminalista Celso Vilardi, e antecipou o fim da prisão provisória. O advogado classificou a cautelar como ‘injustificável’ e ‘extremada’.
As investigações da Lava Jato eleitoral, que levaram Seripieri à prisão, apontam que o empresário teria repassado a quantia milionária ao tucano por meio de ‘estrutura financeira e societária’ que ocultou as transferências das autoridades e órgãos de controle.
O caso teria sido revelado pelo ex-diretor da Qualicorp, Elon Gomes de Almeida. Segundo a PF, Elon confidenciou que Seripieri fez três pagamentos, em setembro de 2014, para o custeio de despesas de campanha de José Serra ao Senado Federal. As fraudes teriam sido ocultadas por notas fiscais falsas, que detalhariam aquisição de licença de software e contratação de serviços gráficos que jamais foram realizados.
Além do fundador da Qualicorp, foram presos provisoriamente os empresários Arthur Azevedo Filho, Mino Mattos Mazzamati e Rosa Maria Garcia, acusados de serem operadores do esquema.
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