Justiça Eleitoral não está apta a julgar crime de corrupção, diz Moro
Ministro defende que o ideal é separar a competência para julgar os crimes eleitorais dos de maior complexidade
Brasil|Da Agência Brasil
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, disse nesta quarta-feira (13) que a Justiça Eleitoral não tem condições de julgar os processos envolvendo suspeita de corrupção e de lavagem de dinheiro, mesmo quando associados a crimes eleitorais.
“A posição do ministério, já externada publicamente, é de que a Justiça Eleitoral, embora faça um trabalho excelente na organização das eleições e na resolução de questões pontuais eleitorais, não está bem estruturada para julgar crimes mais complexos, como lavagem de dinheiro e corrupção”, afirmou o ministro.
Para Moro, o ideal é separar a competência para julgar os crimes eleitorais dos de maior complexidade. “O ideal é que haja uma separação. Esperamos respeitosamente que o STF profira a melhor decisão”, disse o ministro, ao participar, em Brasília, de uma reunião promovida pela Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública), com a presença de comandantes das PMs (polícias militares) e dos bombeiros dos estados e do Distrito Federal.
O STF (Supremo Tribunal Federal) começa a examinar, às 14h, se o julgamento dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, quando envolverem crimes eleitorais, devem ser de competência da Justiça Federal ou da Justiça Eleitoral.