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Lula não foi surpreendido pelos fatos, mas por sua incapacidade de enxergar a fraqueza de seu governo

A pacificação do país passa pelo restabelecimento do diálogo com as legítimas forças conservadoras que se opõem ao petismo

Brasil|Marco Antonio Araujo, do R7

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Lula admitiu que seu governo foi "surpreendido" com os atos de vandalismo e subversão que assaltaram Brasília no domingo (7). Se houve alguma surpresa para o presidente eleito, caberia aceitar que foi sua falta de habilidade política em nomear os ministros da Justiça, Flávio Dino, e da Defesa, José Múcio.

Manifestante no Palácio do Planalto: pacificação do país passa pelo diálogo com as forças conservadoras
Manifestante no Palácio do Planalto: pacificação do país passa pelo diálogo com as forças conservadoras

A "pacificação" do país, sempre soubemos, passa pelo restabelecimento de um mínimo de diálogo com as forças conservadoras que, organizadas durante o governo Bolsonaro, sempre receberam a "escolta" das forças armadas do país, incluídas as polícias federal, militar e rodoviária.


O PT tem tudo para capitalizar esse momento de caos a seu favor. Mas encontra um sério obstáculo dentro de suas próprias fileiras. Os comandados de Lula, sob uma análise bem fria, até o momento se mostraram incapazes, seja de definir novos rumos (inclusive econômicos) para o país, seja para enfrentar a significativa oposição que já vem no nascedouro do terceiro mandato lulista.

O presidente em exercício parece saber que está correndo atrás do prejuízo. Precisa, com urgência, convencer os brasileiros de que tem voz de comando e não é refém dos fatos. Se houve resposta à altura do violento ataque que todos presenciamos, esta não veio do Planalto.

O grande ator dessa tragédia foi o Judiciário. E o STF, também presenciado por todos, igualmente sob intensa bateria de críticas conservadoras, livrou o governo Lula de um vexame completo – e o Brasil, da convulsão social. Lula não está em um panteão. Seria inteligente se trocasse a omissão e a arrogância por prudência e humildade. Não há o que comemorar em Brasília.

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