Mãe de autista emociona senadores ao falar do tratamento do filho com ozonioterapia
Brasil|Mariana Londres, de Brasília
Sasenazy Daufenbach tem dois filhos. O de nove anos foi diagnosticado com autismo severo que o deixou sem falar. Nesta terça-feira (17), ela fez um relato emocionado durante audiência pública na CAS (Comissão de Assuntos Sociais) do Senado que discutiu a regulamentação da ozonioterapia como procedimento médico no Brasil.
— Eu vim aqui fazer um relato porque eu tenho um filho com autismo severo que não falava e eu vi o meu filho falar papai pela primeira vez após o tratamento com ozonioterapia. E eu lembro do brilho no olhar do meu outro filho, ao ver o irmão menor. O que eu defendo é que todas as crianças tenham acesso ao tratamento que o meu filho teve.
Regulamentar ozonioterapia traz segurança e economia, diz médica
A fala da Mato Grossense, que não é comum em audiências públicas, emocionou os senadores, como a presidente da comissão senadora Marta Suplicy (PMDB-SP).
— Poderíamos discutir números aqui, como fizemos, mas um relato como esse é muito importante.
Em tratamento com ozonioterapia desde maio deste ano, o filho de Sasenazy apresentou uma grande melhora na qualidade de vida. Além de articular palavras, o que não fazia há alguns anos, ele não teve mais infecções virais, que eram frequentes. Até o sono melhorou.
— Sentimos melhora também do trato intestinal e os ganhos foram vindo, melhora na atenção também, porque o corpo dele ficou melhor. O que nos mais deixou felizes é que ele era não verbal. Já tinha falado no passado mas voltou a falar e ter interesse em se comunicar. Quando a gente tem uma condição incurável e tem um tratamento que melhora a qualidade de vida, ela não tem preço.
A audiência pública que acontece nesta terça no Senado é uma discussão prévia para que o projeto de lei do senador Valdir Raupp (PLS 227 de 2017), que regulamenta a ozonioterapia, seja votado. A votação está prevista para esta quarta-feira (18). Se o projeto for aprovado nesta quarta na comissão, por ter caráter terminativo, segue para análise na Câmara dos Deputados.
Segundo a Associação Brasileira de Ozonioterapia, que defende a regulamentação, são diversas as doenças que podem ser tratadas e até mesmo curadas por meio desse tratamento.
Incluem-se aí queimaduras, hérnia de disco, dores articulares decorrentes de doenças inflamatórias crônicas, hérpes simples e zoster, entre outras.