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Maia diz que centralização na Caixa é 'desrespeito com municípios'

Presidente da Câmara dos Deputados criticou que transferências de recursos do auxílio emergencial, de R$ 600, sejam realizadas apenas pelo banco

Brasil|Ricardo Cruz e Fabíola Perez, do R7

Presidente da Câmara conversou com a imprensa nesta terça-feira (7)
Presidente da Câmara conversou com a imprensa nesta terça-feira (7)

Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, criticou que o pagamento do auxílio emergencial, de R$ 600, fique centralizado apenas na Caixa Econômica Federal. De acordo com ele, durante entrevista coletiva nesta terça-feira (7), a iniciativa vai contra ao que o próprio governo defende. O projeto foi sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro, no dia 1º de abril, e prevê ajuda durante três meses para trabalhadores informais, autônomos e outros trabalhadores, como os que têm contrato intermitente.

"Toda a rede bancária tem que estar a disposição de ajudar para o dinheiro chegar às famílias. O que queremos é que o recurso chegue. Hoje, o ministro Onyx falou para que a população procure as lotéricas, mas está tudo concentrado na Caixa Econômica, o que considero um erro e até um desrespeito com os municípios. A integração desse trabalho com outros bancos e outros municípios é muito importante para que a solução seja ‘mais Brasil e menos Brasília’", disse. 

Projetos

Sobre o Plano de Promoção do Equilíbrio Fiscal, que ficou conhecido como 'Plano Mansueto', o deputado acredita que vai ser difícil construir um acordo que trate de temas estruturais e, por isso, defende que a melhor alternativa seria "um texto enxuto que trate do curto prazo para os próximos três meses." 

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Para o presidente da Câmara, é necessário superar o debate e colocar em prática medidas para ajudar os estados, que "já estão perdendo arrecadação nesse início de mês, para garantir que os entes federados continuem funcionando. É tentar de forma mínima garantir recursos."


O deputado também defendeu um prazo para que o Senado possa analisar a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do chamado 'Orçamento de Guerra', aprovado pela Câmara no dia 3 de abril

"É natural que o Senado precise de um tempo para analisar o texto da Câmara. Se o senado tiver condições de aprovar o texto da Câmara, tudo bem, mas precisa de um prazo para analisar", disse. 


Mandetta

Maia elogiou, ainda, a conduta do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, as ações de combate ao novo coronavírus. "Não queremos que o Brasil passe pelo que a Itália, Espanha e os Estados Unidos já estão passando". 

Mandetta: 'Vamos ficar e enfrentar nosso pior inimigo, o coronavírus'

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