Mais da metade das rodovias brasileiras tem algum tipo de problema
Pesquisa CNT revela que 48,3% das estradas estão com pavimento ruim
Brasil|Do R7
As estradas brasileiras ficaram mais precárias em 2016. É o que revela a 20ª Pesquisa CNT (Confederação Nacional dos Transportes) de Rodovias, divulgada nesta quarta-feira (26). O levantamento analisou 103.259 km de rodovias federais e estaduais.
A constatação foi de que em 58,2% dos trechos havia algum tipo de problema no estado geral da rodovia. Isso leva em conta o pavimento, sinalização e geometria da via.
Considerando apenas o pavimento, metade das estradas (48,3%) receberam classificação regular, ruim ou péssima. A deficiência na sinalização atinge 51,7% das rodovias.
Segundo o levantamento, em relação a 2015, cresceu em 26,6% o número de trechos com buracos grandes, quedas de barreiras, pontes caídas e erosões. São hoje 414 locais considerados críticos.
"A má qualidade das rodovias é reflexo de um histórico de baixos investimentos no setor. Em 2015, o investimento federal em infraestrutura de transporte em todos os modais foi de apenas 0,19% do PIB (Produto Interno Bruto). O valor investido em rodovias (R$ 5,95 bilhões) foi quase a metade do que o país gastou com acidentes apenas na malha federal (R$ 11,15 bilhões) em 2015", diz a CNT.
Ranking
Além da avaliação das condições gerais das rodovias, a pesquisa realizou também um ranking de ligações rodoviárias. São 109 trechos formados por uma ou mais rodovias, que têm importância para o transporte de cargas e de passageiros. A pior colocada deste ano passa pelos estados do Tocantins e da Bahia. É a ligação Natividade (TO) – Barreiras (BA), formada pela BA-460, BA 460/BR-242, TO- 040 e TO-280. No ano passado, essa ligação ocupava o penúltimo lugar (108º).
Em relação às dez melhores rodovias, as 19 ligações desta edição são formadas por rodovias de São Paulo, Estado que concentra o maior número de rodovias concedidas.