Mandetta diz que Mais Médicos parecia 'convênio entre Cuba e PT'
Nome do futuro ministro da Saúde foi divulgado nesta terça (20) por Jair Bolsonaro (PSL). Deputado falou sobre prioridades do governo
Brasil|Thais Skodowski, do R7
Após ser anunciado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) como o futuro ministro da Saúde, o deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) comentou sobre a saída de Cuba do programa Mais Médicos, o que gerou um déficit de mais de 8 mil médicos em todo país.
— Esse é um dos riscos de se fazer um convênio terceirizando uma mão-de-obra essencial. Os critérios à época me parecem quem eram muito mais um convênio entre Cuba e o PT, e não entre Cuba e o Brasil, porque não houve uma tratativa bilateral, mas uma ruptura unilateral.
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Mandetta também disse que irá se reunir com o atual ministro Gilberto Ochi sobre o programa. Uma das alternativas seria uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que cria a carreira de Estado para médicos.
— O senador Ronaldo Caiado (DEM) tem um Projeto de Emenda Constitucional de 2008 propondo uma carreira de estado, que é uma das maneiras que os países têm de fazer uma proposta para essas pessoas poderem ir para locais de difícil provimento.
Prioridades
Sobre as prioridades do futuro governo, o deputado federal disse que no caso da saúde, não existe um assunto que é mais importante que o outro.
— A gente tem uma agenda muito grande: desde a concepção, pré-natal que é uma questão importantíssima, a primeira infância, as questões dos prematuros. Depois, a gente vem até os adolescentes, a gravidez na adolescência, DST/AIDS.
Mandetta também explicou que doenças mentais serão uma preocupação do sistema de saúde.
— A própria maturidade tanto do homem como da mulher, a questão do estresse, do trabalho, a questão de doença mental que é o principal agravo que leva as pessoas ao sistema de saúde, a depressão, pânico.
Investigação
O futuro ministro também falou sobre as investigações contra ele no Mato Grosso do Sul. Mandetta é investigado por suspeita de ter favorecido empresas em um contrato de R$ 9,9 milhões assinado com a Secretaria de Saúde de Campo Grande, enquanto era secretário estadual.
— Sempre quando isso ocorre, a gente se sente muito desconfortável, mas quem é uma pessoa pública tem que se submeter a essas situações. Eu estive com o presidente antes de todo esse anúncio, antes de ventilarem o meu nome. Levei a ele o meu nome e disse a ele: veja com a sua equipe. Hoje em dia, no Brasil a gente vive esse drama de dizer que uma pessoa está sendo investigada. Não sou réu, não tenho nem a condição de saber quais são as eventuais culpabilidades.