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Marcelo Odebrecht pede que ação por Instituto Lula seja suspensa

Segundo a defesa, o acordo de colaboração de Odebrecht determina a suspensão das ações contra ele após soma de condenações passar de 30 anos

Brasil|Do R7

O empresário Marcelo Odebrecht
O empresário Marcelo Odebrecht

O empresário Marcelo Odebrecht, ex-presidente do Grupo Odebrecht pediu a suspensão da processo contra ele na ação penal sobre supostas propinas da empreiteira para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que incluiriam um terreno para abrigar o Instituto Lula e um apartamento em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. A medida, caso seja concedida, vale apenas para o empresário.

Na petição, juntada ao processo nesta quarta-feira (9), a defesa de Odebrecht diz que seu acordo de colaboração determina a suspensão das ações penais contra ele após a superação de 30 anos de condenação.

Conforme os advogados lembram no documento, o empresário já foi condenado a mais de 40 anos. Ele ficou preso em regime fechado entre 23 de junho de 2015 e dezembro de 2017, quando passou para regime domiciliar.

A argumentação é a mesma usada pela defesa de Odebrecht nas alegações finais de outro processo da Operação Lava Jato, sobre as reformas no sítio de Atibaia, da qual Lula também é réu. As ações estão prontas para sentença da juíza federal Gabriela Hardt, substituta de Sérgio Moro na 13.ª Vara Federal de Curitiba.

A Lava Jato afirma que o terreno que abrigaria o Instituto Lula - localizado na Rua Dr. Haberbeck Brandão, nº 178, em São Paulo - foi comprado em nome da DAG Construtora com recursos da Construtora Norberto Odebrecht. Na denúncia, o Ministério Público Federal apontou que a aquisição foi intermediada, em 2010, por Antonio Palocci — ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil de Lula e Dilma — que mantinha contato com Odebrecht.

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