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Ministro tenta adiar manutenção de plataforma da Petrobras

Moreira Franco disse que paralisação da plataforma da Mexilhão irá prejudicar a produção de gás numa época de problemas com  seca

Brasil|Agência Brasil


Ministro quer adiar manutenção de plataforma
Ministro quer adiar manutenção de plataforma

O ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, disse nesta segunda-feira (30) que vai pedir à Petrobras que adie por “um ou dois meses” a manutenção programada para a plataforma de Mexilhão, a principal produtora de gás da Bacia de Campos.

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Segundo ele, será feito um apelo ao presidente da estatal, Ivan Monteiro, por causa do período de seca que o país enfrenta. A manutenção pode reduzir o fornecimento de gás e o consequente aumento do uso de usinas termelétricas movidas a óleo combustível.

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“Isso não é pelo fato da Petrobras ser uma empresa pública. Se fosse uma empresa privada, pelo impacto que isso provoca, em função da situação hidrológica que estamos vivendo, eu creio que é um apelo em benefício da sociedade inteira. Ver se é possível, ao invés de fazer agora, que é um momento crítico, em que há uma falta de chuvas em muitos lugares, e que se faça isso [manutenção da plataforma] depois”.


De acordo com o ministro, a ideia é que a manutenção seja feita quando retornar o período de chuvas e as melhores condições para a produção de energia hidroelétrica. “Eu não estou dizendo que [a Petrobras] está agindo de maneira ilegal. Eu vou fazer um apelo, ver se é possível tecnicamente fazer daqui a um mês, dois meses, que é um prazo que vai garantir que a situação das chuvas, a situação hidrológica, vai estar melhor e não vai punir o consumidor brasileiro”.

Moreira Franco ressaltou que o objetivo é diminuir os custos da energia elétrica para o consumidor final. “É fundamental que se entenda que o objetivo de todo esse esforço é diminuir no bolso das pessoas”.


O temor do mercado é que, com a redução do fornecimento de gás por causa da parada de Mexilhão, aumente o uso das usinas termelétricas que utilizam o óleo combustível, que têm custo mais alto do que as termelétricas a gás. O país está utilizando a bandeira tarifária vermelha na conta de luz pelo terceiro mês consecutivo, com perspectiva de que continue por todo o período de seca.

A Petrobras explicou que o trabalho de manutenção programada da plataforma de Mexilhão, que começou na terça-feira (24), tem previsão de durar 45 dias, e foi programada em conjunto com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), para que tenha o menor impacto possível no setor. Além disso, segundo a Petrobras, a manutenção é uma exigência legal das normas técnicas de segurança.


Segundo o ONS, é preferível fazer a parada nesse período do que no verão, quando aumenta o consumo de energia, por causa do ar condicionado, e a parada e Mexilhão não prejudica o fornecimento de energia elétrica.

Comperj

O ministro defendeu que o governo e a sociedade façam pressão sobre a Petrobras para que sejam retomadas as obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, na região metropolitana do Rio de Janeiro, para ajudar na superação da crise econômica.

“Eu espero que a Petrobras retome imediatamente a obra do Comperj, porque é fundamental para a economia do nosso estado, o investimento que já foi feito lá foi um investimento grande, então é indispensável, é uma contribuição imensa para geração de emprego, para geração de renda na área metropolitana do Rio de Janeiro, e para a economia do estado”.

No começo do mês, a Petrobras anunciou a assinatura de uma carta de intenções com a China National Petroleum Corporation (CNPC) para a conclusão da refinaria do Comperj.

Termelétrica do Açu III

O ministro Moreira Franco deu as declarações após assinar a autorização para a implantação da Usina Termelétrica GNA Porto do Açu III, em São João da Barra, no norte fluminense, em evento na sede da Federação da Indústria do Rio de Janeiro (Firjan).

Com previsão para início de operação em 2023, a Central Geradora Termelétrica (GNA) terá capacidade instalada para gerar 1.673 megawatt (MW), o suficiente para abastecer 7 milhões de domicílios, e será conectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN) na subestação Rio Novo do Sul, no Espírito Santo, com uma linha de transmissão de 150 quilômetros (km). O investimento total está previsto em R$ 4,1 bilhões, com geração de 9 mil empregos na construção.

A termelétrica faz parte do projeto Açu Gas Hub, do Complexo Portuário do Açu, que busca soluções logísticas para o recebimento, processamento, consumo e transporte do gás natural produzido nas bacias de Campos e Santos. A unidade é a última outorga emitida pelo ministério das 80 previstas pelos leilões A-4 e A-6, feitos em dezembro do ano passado para contratar energia de usinas em projeto ou em construção.

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