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Moradores de Pacaraima protestam contra alta da violência na cidade

Protesto também reuniu grupo de indígenas da etnia Macuxi, que afirma sofrer invasões feitas por venezuelanos em suas terras no Brasil

Brasil|Márcio Neves e Diego Junqueira, enviados especiais do R7 a Pacaraima (RR)

Ato percorreu ruas centrais de Pacaraima, cidade distante 200 km de Boa Vista
Ato percorreu ruas centrais de Pacaraima, cidade distante 200 km de Boa Vista

Um grupo de cerca de 40 moradores de Pacaraima (RR) realizaram um protesto na manhã deste sábado (25) contra a alta da violência, que aumentou com a chegada dos imigrantes venezuelanos na cidade. O ato foi convocado nas redes sociais e teve mobilização de alguns indígenas da etnia Macuxi, que relataram enfrentar problemas de invasões e roubos em seus territórios.

O ato começou em frente ao terminal rodoviário de Pacaraima, percorreu a rodovia que tem o principal posto de fronteira com a Venezuela e seguiu para algumas ruas da cidade, passando também por um abrigo para indígenas operado pelo Exército Brasileiro.

Ao menos dez homens da Polícia Rodoviária Federal acompanharam o trajeto, apoiados por cerca de outros 10 homens da Polícia Militar de Roraima.

"Os venezuelanos sem papéis atravessam a fronteira pelo mato, e passam em nossas terras roubando nossas coisas e nos incomodando", afirmou um dos indígenas que ajudou a organizar o ato. Eles também se queixam dos privilégios oferecidos pelo governo brasileiro aos indígenas venezuelanos que chegam ao Brasil.


Maria já foi vítima de violência por venezuelanos
Maria já foi vítima de violência por venezuelanos

A paraense Maria de Fátima Souza Reis, moradora de Pacaraima, disse que o protesto não era apenas dos indígenas, mas "de todos". Ela explica que pintou o rosto como se fosse uma indígena por ser a favor dos índios brasileiros. "Aqui é Brasil, estamos todos unidos. O protesto é contra a violência e a favor dos indígenas”, afirmou.

Maria de Fátima também reclamou da "delinquência" que aumentou na cidade, destacando ainda os crimes cometidos por venezuelanos. "Invadiram minha casa há dois anos. Amarraram a mim e a meu filho. Cinco venezuelanos", relatou ela. 

Com o aumento do número de venezuelanos na cidade, o número de imigrantes do país vizinho suspeitos de envolvimentos em crimes investigados pela delegacia da Polícia Civil de Pacaraima chegou a 56% e as queixas de insegurança passaram a ser frequentes entre os moradores.

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