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MP abre investigação contra Lula por tráfico de influência, diz revista

Ex-presidente é suspeito de usar sua influência para facilitar negócios da Odebrecht

Brasil|Do R7

MP acredita que Lula pode ter exercido influência para obter contratos para empreiteiras do País para obras em outros países
MP acredita que Lula pode ter exercido influência para obter contratos para empreiteiras do País para obras em outros países MP acredita que Lula pode ter exercido influência para obter contratos para empreiteiras do País para obras em outros países

O núcleo de Combate à Corrupção da Procuradoria da República em Brasília abriu uma investigação contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por tráfico de influência internacional e no Brasil.

Segundo documentos obtidos pela revista Época, o Ministério Público investiga "supostas vantagens econômicas obtidas, direta ou indiretamente, da empreiteira Odebrecht pelo ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, entre os anos de 2011 a 2014, com pretexto de influir em atos praticados por agentes públicos estrangeiros, notadamente os governos da República Dominicana e Cuba, este último contendo obras custeadas, direta ou indiretamente, pelo BNDES".

De acordo com a reportagem, capa da edição desta semana da revista, o MP acredita que o ex-presidente pode ter exercido influência para obter contratos para empreiteiras do País para obras na República Dominicana e Cuba.

A reportagem diz que Lula é suspeito de usar "o prestígio político para, em cada negócio, mobilizar líderes de dois países em favor do cliente, beneficiado em seguida com contratos governamentais lucrativos. Lula deu início a seu terceiro mandato. Tornou-se o lobista em chefe do Brasil".

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Ainda segundo o texto, entre 2011 e 2014, o "MP identificou um padrão: o ex-presidente Lula viajava bancado pela Odebrecht; dava palestras e se encontrava com o presidente do país em questão; o BNDES liberava recursos para obras no país; o governo do país contratava a Odebrecht para tocar as obras".

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Para o MP, a relação de Lula com a Odebrecht, o BNDES e os chefes de Estado pode ser enquadrada, "a princípio, em dois artigos do Código Penal. O primeiro, 337-C, diz que é crime 'solicitar, exigir ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público estrangeiro no exercício de suas funções, relacionado à transação comercial internacional'. O nome do crime: tráfico de influência em transação comercial internacional".

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Além disso, os procuradores identificam ainda uma outra suspeita de tráfico de influência, como aponta a reportagem: "O segundo crime, afirmam os procuradores, refere-se à suspeita de tráfico de influência junto ao BNDES. 'Considerando que as mencionadas obras são custeadas, em parte, direta ou indiretamente, por recursos do BNDES, caso se comprove que o ex-presidente da República Luís Inácio Lula da Silva também buscou interferir em atos práticos pelo presidente do mencionado banco (Luciano Coutinho), poder-se-á, em tese, configurar o tipo penal do artigo 332 do Código Penal (tráfico de influência)', diz o documento".

A reportagem destaca também que, entre 2011 e 2014, o ex-presidente viajou com frequência para cuidar de seus negócios. "Os destinos foram basicamente os mesmos — de Cuba a Gana, passando por Angola e República Dominicana. A maioria das andanças de Lula foi bancada pela construtora Odebrecht, a campeã, de longe, de negócios bilionários com governos latino-americanos e africanos embalada por financiamentos do BNDES. No total, o banco financiou ao menos US$ 4,1 bilhões em projetos da Odebrecht em países como Gana, República Dominicana, Venezuela e Cuba durante os governos de Lula e Dilma". 

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