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Mulheres vivem 1,9 ano mais do que homens, aponta IBGE

Mortalidade masculina até os 11 meses de vida também é maior: 1.243 (homens) ante 1.064 (mulheres)

Brasil|Márcia Rodrigues, do R7

Expectativa de vida das mulheres continua mais elevada do que a dos homens
Expectativa de vida das mulheres continua mais elevada do que a dos homens

A expectativa de vida dos brasileiros aumentou e as mulheres continuam vivendo mais do que os homens. A constatação é da Tábua de Mortalidade, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (25).

O levantamento mostra que a expectativa de vida no Brasil subiu para 76,8 anos em 2020. Para os nascidos em 2019, a expectativa era viver, em média, 76,6 anos.

Em cinco anos, a expectativa de vida subiu 1,3 ano, enquanto em dez anos houve um aumento de 3,3 anos.

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A Tábua da Mortalidade também mostra que as mulheres vivem 1,9 ano mais do que os homens.


Um exemplo: enquanto a expectativa de vida de uma mulher com 80 anos ou mais é de 10,6 anos, a de um homem é de 8,7 anos.

Quando se fala em nascimentos, a diferença da expectativa de vida entre homens e mulheres é ainda maior.


Enquanto as mulheres podem viver até os 80,3 anos, a expectativa de vida para os homens é de 73,3 anos, ou seja, sete anos menos.

Os homens também lideram os óbitos ocorridos durante ou logo após o parto ou até os 11 meses de vida: 1.243 (homens) ante 1.064 (mulheres).


Na faixa dos 40 anos, a tábua da mortalidade aponta a média de 140 óbitos para as mulheres e expectativa de vida de 42,4 anos. 

Para os homens, os óbitos sobem para 301 e a expectativa de vida cai para 37,2 anos.

IBGE admite falhas no cálculo

O IBGE admitiu que a metodologia utilizada pelo órgão para o levantamento não conseguiu registrar todos os óbitos do primeiro ano da pandemia de Covid-19 e o impacto dessas mortes na expectiva de vida dos brasileiros.

Dessa forma, fica comprometido o dado anunciado no início desta quinta de que a expectativa de vida do brasileiro havia subido para 76,8 anos.

Isso porque, explica o IBGE, as tábuas de mortalidade publicadas anualmente, desde 1991, se baseiam em projeções que usam "dados censitários, informações disponíveis sobre os registros de óbitos e o conhecimento acerca da Transição Demográfica e Epidemiológica da População Brasileira", itens que estão defasados no país por causa da falta de um novo Censo.

"As últimas tábuas construídas se referem ao ano de 2010, ano de realização da última operação censitária no Brasil", alega o instituto, que acredita que os dados serão mais precisos após o Censo de 2022.

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