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"Nada garante que tenhamos uma empresa limpa da corrupção", diz procurador sobre a Petrobras

Operação Asfixia, 40ª fase da Lava Jato, mirou três ex-gerentes da área de gás e energia

Brasil|Do R7

Procurador da República demonstrou perplexidade com "ousadia"
Procurador da República demonstrou perplexidade com "ousadia"

O procurador regional da República Carlos Fernando dos Santos Lima, membro da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba (PR), afirmou nesta quinta-feira (4), durante entrevista que detalhou a 40ª fase, a Asfixia, que "nada garante que tenhamos uma empresa limpa de toda a corrupção". A companhia em questão é a Petrobras.

— Fica claro que há muito trabalho ainda a ser feito na Petrobras. Nada garante que tenhamos uma empresa limpa de toda a corrupção do seu passado. Mesmo hoje, trabalhando em cima de casos de ex-gerentes, certamente ainda vamos descobrir pessoas na ativa que tiveram participação em fatos criminosos.

Nesta quinta-feira, a Lava Jato mirou três ex-gerentes da área de Gás e Energia da petroleira, suspeitos de receberem de mais de R$ 100 milhões em propinas de empreiteiras que eram contratadas pela estatal, além de operadores financeiros que utilizaram empresas de fachada para intermediar propina.

Santos não escondeu sua perplexidade com a "ousadia dos criminosos", uma vez que eles mantiveram "essa conduta até 2016 e usando a lei na ambição de manter o patriomonio a salvo". Os suspeitos usaram a lei de regularização cambial de bens mantidos no exterior para dar uma cara de legalidade a recursos desviados de contratos da Petrobras, ou seja, propina.


— Isso é usar a lei para regularizar a corrupção. Temos que abrir a caixa-preta da lei de regularização.

Entenda o caso


Para dissimular a origem de ilícita e esquentar aproximadamente R$ 48 milhões provenientes do recebimento de propina mantida em contas ocultas nas Bahamas, um dos ex-gerentes envolvidos utilizou das benesses da regularização cambial de ativos ocultos mantidos no exterior, recentemente instituída pela Lei 13.254/2016.

Segundo o MPF, por intermédio desse procedimento, o investigado regularizou a entrada dos recursos ilícitos mantidos no exterior, alegando que o dinheiro era proveniente da venda de um imóvel.

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