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'Não há o que esconder', diz defesa de João de Deus

Advogado criminalista Alberto Toron falou sobre os mandados de busca e apreensão  relacionados às denúncias de abuso sexual contra o médium

Brasil|Do R7

Advogado diz que não tem o que esconder
Advogado diz que não tem o que esconder

O anúncio de que a Polícia Civil de Goiás conseguiu mais 20 mandados de busca e apreensão em endereços ligados a João Teixeira de Faria, o João de Deus, criou a expectativa de que um dos alvos seja a Casa Dom Inácio de Loyola.

O médium fazia "atendimentos espirituais" desde 1976 no espaço, localizado em Abadiânia, no interior goiano. Apesar dos endereços não terem sido divulgados, a delegada Karla Fernandes afirmou na segunda-feira (17) que quatro diligências seriam as principais.

Até o momento, a defesa de João de Deus, realizada pelo advogado criminalista Alberto Toron, disse não ter notícia de qualquer nova averiguação contra o líder espiritual.

"Essas ordens de busca e apreensão são sempre sigilosas. Estranho a sua prévia divulgação pela imprensa. De qualquer modo, não tive ciência disso e as autoridades terão amplo acesso a tudo que precisarem. Não há o que esconder e vamos colaborar", afirmou.


Segundo a delegada, dois mandados teriam sido cumpridos na própria segunda-feira. O objetivo das buscas seria colher material para reforçar o conjunto de provas, principalmente mídias digitais que possam conter mensagens do médium para outras pessoas.

Sobre o tema, Toron rebateu dizendo que o médium é semianalfabeto e, portanto, a medida não deve surtir efeito para as investigações. "Além de inusual (a divulgação dos mandados de busca), o João de Deus mal escreve e mal lê. Que mensagens por mídias digitais seriam essas?", questionou.


A partir desta quarta-feira (19), a Casa Dom Inácio de Loyola retoma os atendimentos espirituais. No local, o público poderá se consultar com outros médiuns que também trabalhavam na Casa, pois João de Deus segue cumprindo prisão preventiva no Complexo Penitenciário de Aparecida de Goiânia, também no interior goiano.

O médium aguarda decisão da Justiça de Goiás sobre um pedido de habeas corpus para que possa voltar à liberdade. Além disso, até segunda-feira (17), o Ministério Público recebeu mais de 500 relatos contra o líder espiritual.


Outro lado

O advogado criminalista Alberto Toron, que representa João de Deus, "nega e recebe com indignação a existência dessas declarações" e acusações de abuso sexual contra o médium.

João de Deus também foi acusado pelo Ministério Público de sacar R$ 35 milhões após as denúnicas e a defesa também nega tal acusação. "O Ministerio Público vem falando em ocultação de valores e lavagem de dinheiro em razão do suposto 'saque' de RS 35 milhões do Banco por João de Deus. Em primeiro lugar, o relatório do COAF descreve o resgate de aplicações financeiras, não saque. Como sabem os promotores de justiça, não se lava dinheiro limpo, não se lava dinheiro que é seu e estava no banco. Sequer está claro se houve realmente movimentação nesse valor".

Ainda segundo o advogado criminalista, "a complexidade das suspeitas exige serenidade e tempo para que seja realizado um julgamento justo, imparcial e válido."

João de Deus se entregou às autoridades na tarde de domingo (16) em uma estrada vicinal, na BR-060, localizada no município de Abadiânia, após uma negociação entre o advogado criminalista Toron e o delegado-geral da Polícia Civil, André Fernandes.

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