Sergio Moro aceitou nesta quinta-feira (1º) o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para ser ministro da Justiça e da Segurança Pública a partir de 2019.
O juiz da 13ª Vara Criminal de Curitiba (PR) se tornou um nome conhecido no Brasil por ser responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância do Paraná, que levou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à prisão neste ano.
Admirado por aqueles que foram às ruas em 2016 a favor da Lava Jato — e que até criaram um boneco inflável do juiz —, o magistrado também tem milhares de desafetos que questionam seus métodos na condução da Lava Jato.
Moro tem 46 anos e é natural de Maringá (PR). Ele se formou em Direito na UEM (Universidade Estadual de Maringá), em 1994. Dois anos depois, passou em concurso para juiz federal.
O magistrado começou a carreira como juiz substituto em Curitiba. Em julho de 1998, participou de curso para especialistas em Direito em Harvard (EUA). Já em dezembro do mesmo ano, foi promovido a juiz titular em Cascavel (PR), onde inaugurou a Vara Federal. Foi nesta época que começou a dar aulas em universidade.
No começo de 2000, o juiz pediu transferência para Joinville (SC). Já em 2002, ele assumiu a 2ª Vara Federal em Curitiba, que depois virou 13ª Vara Federal, especializada em crime de lavagem de dinheiro.
Antes da Lava Jato, Moro trabalhou no caso Banestado, entre 2003 e 2007, que levou à condenação de 97 pessoas pelo envio ilegal de divisas ao exterior de vários bancos brasileiros. Um dos condenados à época foi um velho conhecido da Lava Jato, o doleiro Alberto Youssef.
Moro comenta o futuro da Lava Jato antes de aceitar o convite:
Assista ao que Moro disse na viagem entre Curitiba e o Rio de Janeiro: